Transex diz que na próxima vida não quer vir como humano
No início de agosto o canal de estilo do "Guardian" anunciou que a brasileira Lea T. era a primeira supermodelo transex do mundo. "Nós transexuais nascemos e crescemos sozinhos. Depois da operação de troca de sexo renascemos, mas ficamos sozinhos novamente e morremos sozinhos. É o preço que pagamos", disse Lea à publicação britânica.
A modelo que é filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo acaba de ganhar um perfil de duas páginas na revista "Hercules". Dona de frases impactantes como "(sobre o dilema de ser transex) é uma escolha entre ser infeliz para sempre ou tentar a felicidade", Lea falou que na próxima reencarnação gostaria de ser qualquer coisa menos um ser humano.
Durante sua entrevista para a "Hercules" ela diz se identificar com a personagem do filme "E.T." dirigido por Steven Spielberg e ao contrário do que a mídia especula, a brasileira tem o apoio incondicional de sua família.
Relembre a trajetória de Lea T.:
A história de Lea T com a moda começou por conta de sua amizade com Riccardo Tisci, diretor criativo da Givenchy, para quem ela foi assistente. Antes de se tornar um renomado estilista e diretor de uma das maisons mais conhecidas da França, ele foi um dos primeiros a reconhecer a personalidade feminina de Lea quando se conheceram na Itália, onde o ainda Leonardo Cerezzo (nome de batismo de Lea T) estudava.
Daí por diante ganhou matéria em vários sites especializados, contrato com a agência Women (que tem nomes como Isabeli Fontana, Aline Weber, Natasha Poly e Mariacarla Boscono) e foi entrevistada pela revista Vanity Fair italiana, publicação para qual revelou ser filha de um ex-jogador de futebol brasileiro e que até o fim do ano fará uma cirurgia para mudar de sexo.