Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Por que a alta recorde de gás carbônico na atmosfera preocupa: 'Tudo vai ficando mais quente'

Secretário-executivo do Observatório do Clima destaca, na 'Rádio Eldorado', que o efeito estufa não é o vilão do aquecimento global

20 out 2025 - 18h00
(atualizado às 18h01)
Compartilhar
Exibir comentários

O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, alerta ser "extremamente preocupante" o recorde de dióxido de carbono na atmosfera em 2024. O dado foi divulgado na semana passada pela Organização Meteorológica Mundial.

"Não foi só o recorde de CO2. Também foi o maior salto de concentração de gases de um ano para o outro", disse Astrini nesta segunda-feira, 20, em sua coluna semanal na Rádio Eldorado, do Grupo Estado. "Quanto mais gás na atmosfera, mais temos problemas aqui embaixo na Terra."

Recorde de dióxido de carbono na atmosfera contribui para recordes de calor, perda de safra agrícola, secas e incêndios.
Recorde de dióxido de carbono na atmosfera contribui para recordes de calor, perda de safra agrícola, secas e incêndios.
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Astrini aponta que o efeito estufa não é o vilão. "Só estamos vivos no planeta porque ele existe." O ambientalista explica que o efeito estufa é como "um cobertor formado por gases" que fica na atmosfera, composto por metano, dióxido de carbono e óxido nitroso: "eles seguram na Terra parte do calor que a gente recebe do Sol".

"Se não houvesse efeito estufa, o planeta teria uma temperatura média de cerca de 30ºC a menos. Seria uma bola de gelo, sem condições de vida como nós conhecemos hoje", diz.

O problema? "Estamos fazendo com que esse cobertor fique mais grosso" ao usar petróleo e carvão, que emitem gases de efeito estufa. "Como qualquer cobertor mais grosso, ele retém mais calor. Então, estamos transformando nossa manta térmica na atmosfera em um edredom, e aqui embaixo na Terra tudo vai ficando mais quente."

Isso, explica Astrini, traz recordes de calor, perda de safra agrícola, secas e incêndios. Essa é a importância das Conferências do Clima da ONU, como a COP-30, que acontece em novembro, em Belém, defende o ambientalista, para limitar o aquecimento global.

Ouça a coluna completa de Marcio Astrini na Rádio Eldorado:

Estadão
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade