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O que é e quando será a Cop-30? Entenda o evento que gera crise de hospedagem em Belém, no Pará

Conferência internacional acontece anualmente e terá sua primeira edição no Brasil em 2025; chefes de Estado, ministros, diplomatas, ONGs e especialistas do clima e meio ambiente participam

1 ago 2025 - 11h14
(atualizado às 21h55)
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A 30ª Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP 30) está agendada para ocorrer em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano. É a primeira vez que o Brasil sediará o evento, que é realizada anualmente e reúne autoridades e especialistas de todo o mundo, incluindo chefes de Estado.

Há, no entanto, uma crise sobre o local escolhido para a reunião da cúpula. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP 30, disse que alguns países pediram que o evento não seja mais em Belém por causa dos altos preços dos hotéis.

Alguns estabelecimentos estão cobrando até 15 vezes o valor normal das diárias, afirma Lago. Segundo ele, é compreensível que, por conta da demanda, exista algum aumento nas diárias, mas o valor está muito acima da média de COPs anteriores, em que os preços chegavam a dobrar ou triplicar.

Não está claro, ainda, se este pedido poderá ou não ser acatado pelas Nações Unidas. Uma reunião em 11 de agosto deve discutir a questão da hospedagem durante a cúpula. O governo brasileiro diz que está fazendo um esforço, neste momento, para convencer os estabelecimentos hoteleiros de Belém a baixarem os preços.

Por conta do alto custo, alguns países já informaram que terão de diminuir suas delegações. As nações mais pobres estão entre as mais prejudicadas.

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-Pa) rebateu as declarações de André Lago, presidente da COP, referentes à disponibilidade e às tarifas de hospedagem para o evento a ser realizado em Belém. "É importante registrar que o embaixador encontra-se mal informado sobre o esforço do setor hoteleiro para atender às demandas apresentadas. No início de junho deste ano, a hotelaria de Belém foi oficialmente solicitada a disponibilizar 500 apartamentos destinados a delegações de países economicamente menos favorecidos, cujos custos são subsidiados pela ONU", disse a entidade, em nota.

"Cabe destacar que a atual dificuldade de organização das hospedagens não se deve aos hotéis, mas sim à ausência da plataforma oficial de hospedagem, prometida pela Secretaria da COP-30 desde o início do ano e até hoje não operacionalizada. Essa falha é o principal fator que tem prejudicado e tumultuado o processo de reservas."

O governo do Pará diz que vem adotando soluções para ampliar a oferta de hospedagem em Belém e na região metropolitana durante a COP-30. Além da rede hoteleira já existente, estão em construção novos hotéis, como o Vila COP, que contará com 405 leitos para delegados e líderes.

A União contratou ainda navios para hospedagem flutuante, e escolas da rede estadual estão sendo adaptadas no padrão hostel para receber visitantes.

Como funciona a COP?

O evento global reúne líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil em sessões de discussões sobre ações para combater as mudanças do clima. É um dos eventos mais importantes do segmento.

Antes da grande conferência, há ainda uma cúpula só para chefes de Estado, na semana anterior, que serve de termômetro para o que deve ser decidido ao longo do evento. Este ano, a Cúpula de Líderes ocorrerá em 6 e 7 de novembro.

Ao final de toda COP, a expectativa é de que os países cheguem a acordos sobre como cada um deve agir para frear a emissão de poluentes que causam o efeito estufa, além de reparar os danos já causados e indenizar ou diminuir a desigualdade nos países mais afetados (em geral, nações mais pobres e ilhas).

O entendimento é de que os países que mais contribuíram para a poluição global - que também são os mais ricos - devem arcar com a maior responsabilidade.

Este ano, segundo o governo, os principais a serem tratados no evento serão:

  • Redução de emissões de gases de efeito estufa;
  • Adaptação às mudanças climáticas;
  • Financiamento climático para países em desenvolvimento;
  • Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono;
  • Preservação de florestas e biodiversidade;
  • Justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.
Estadão
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