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Nuvem 'cogumelo' com microexplosão causa estragos no interior de SP; veja vídeo

Fenômeno com ventos de 123 km/h destruiu 800 mil pés de banana no Vale do Ribeira; prejuízo estimado é de R$ 25 milhões

15 fev 2024 - 21h53
(atualizado em 16/2/2024 às 12h36)
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Tempestade atingiu 500 hectares de plantação; Vale do Ribeira tem a maior produção de banana no Brasil
Tempestade atingiu 500 hectares de plantação; Vale do Ribeira tem a maior produção de banana no Brasil
Foto: Jeferson Magario/SRVR/Divulgação / Estadão

Uma nuvem em formato de cogumelo que se formou durante um temporal, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, assustou os agricultores, destruiu plantações de banana e despertou o interesse de meteorologistas. O fenômeno foi registrado por volta das 18 horas de terça-feira, 13, no bairro do Conchal, em Sete Barras. A meteorologista Ana Maria Heuminski de Avila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, disse que a formação é característica de uma microexplosão.

Os moradores da região acharam que se tratava de um tornado, devido à intensidade do vento em várias direções. Segundo a meteorologista, embora não seja um fenômeno tão incomum, ele pode ser confundido com um tornado, devido à intensidade dos danos.

"A microexplosão ou, em inglês, downburst, é como se um colchão de água e gelo caísse, provocando danos. Há correntes de ventos e fortes rajadas da nuvem em direção ao solo", explicou.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do Vale do Ribeira, Jeferson Magario, a tempestade, conhecida entre os agricultores como bomba d'água, atingiu 500 hectares e destruiu 800 mil pés de banana - a região tem a maior produção da fruta no País. Um vento de forte intensidade fez os pés de banana tombarem e a chuva afetou os cachos já formados. Ladário também é dirigente da Confederação Nacional dos Bananicultores e estimou o prejuízo em R$ 25 milhões.

Imagens da formação da nuvem foram registradas pelo dono de um sítio na região. Equipamentos que ele possui na propriedade cravaram a velocidade do vento em 123 km/h.

Para a meteorologista do Cepagri, são fenômenos característicos de eventos climáticos extremos. Já o meteorologista da Defesa Civil Estadual, Vitor Takao, disse que o fenômeno tem relação com a passagem de uma frente fria após um período de calor intenso no Estado.

Estadão
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