Presidente da COP30 diz que procura 'uma solução legal' sobre valores das hospedagens
André Corrêa Lago teme o esvaziamento do evento caso as delegações não confirmem vinda ao Brasil
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que busca uma solução legal para os altos custos de hospedagem em Belém, destacando o impacto disso na inclusão de delegações, com discussões em andamento sobre como proceder.
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, disse, em sessão da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, nesta quarta-feira, 6, que a organização está está buscando meios legais para os altos valores cobrados nas hospedagens em Belém para os dias do evento. Mas Lago emendou que não sabe ao certo como fazer com que esses preços caiam.
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"Está se procurando uma solução legal, mas a legislação brasileira, ao que tudo indica, permite aos hotéis determinar os preços. Há uma grande discussão como que vai se conseguir que esses preços diminuam", afirmou.
Lago ainda explicou que a questão não fazia parte, inicialmente, do escopo da Presidência da COP30. Mas, com os indicativos de desistência por parte de países convidados, ele viu a necessidade de interferir.
"Nós queremos que seja uma COP muito inclusiva, nós precisamos muito da sociedade civil e dos delegados. Na COP, os jogadores são os delegados, então eles têm que vir. Se não, não tem jogador", disse, comparando o cenário da COP30 com uma Copa do Mundo.
O Terra realizou simulações de hospedagens em Belém para os 11 dias a COP30, que acontecerá de 10 a 21 de novembro. Foram encontradas opções que ultrapassam R$ 1 milhão.
Na última sexta-feira, 1º, a Secretaria Extraordinária da COP30 (Secop) afirmou em nota à imprensa que o governo brasileiro e o governo do Pará firmaram um compromisso para oferecer hospedagem "inclusiva e acessível" para as delegações que participarão da convenção. Pelo plano de acomodação, serão oferecidas hospedagens com tarifas fixadas entre US$ 100 (R$ 554) e US$ 600 (R$ 3.327).
