Red Bull revela novo RB16B, em busca do título da F1
Temporada marca despedida dos motores Honda da F1; Red Bull será pilotado pelo holandês Max Verstappen e pelo mexicano Sergio Pérez
Faltando cerca de duas semanas para o início da pré-temporada, os fãs da Fórmula 1 puderam conhecer hoje mais um carro do grid de 2021. Nesta terça (22), foi a vez da Red Bull apresentar o seu carro para a temporada de 2021 da Fórmula 1. Em um evento virtual, a equipe austríaca divulgou as primeiras imagens do RB16B, carro que será pilotado pelo holandês Max Verstappen e pelo mexicano Sergio Pérez, ex-Racing Point.
Depois de conquistar a segunda colocação no campeonato de construtores na última temporada, quando somou 319 pontos, a Red Bull espera bater de frente com a Mercedes em 2021. Já ciente da manutenção do regulamento, a Red Bull manteve o foco em corrigir alguns pontos do RB16 ainda na temporada passada.
Dentre as mudanças já implementadas na temporada passada, estão a asa dianteira e um novo apoio na asa traseira, que estreou no GP de Abu Dhabi. A nova peça ganhou um único pilar de sustentação, que aumentou a eficiência do difusor traseiro e melhorou a aerodinâmica, ganhando mais velocidade nas retas.
A intenção da Red Bull era melhorar os pontos possíveis no carro antes de aplicar as mudanças obrigatórias para esse ano, como o novo assoalho. Além das mudanças já citadas, o novo RB16B também conta com um design mais parecido com os carros da Mercedes. O modelo traz um bico mais fino, e segue a tendência já apresentada por outras equipes para 2021.
Além das mudanças no carro, a Red Bull também promoveu uma troca em sua dupla de pilotos. O comando da equipe segue nas mãos de Christian Horner, que está no cargo desde 2005. Após o bom desempenho de Max Verstappen, em contraste com a inconstância de Alexander Albon, a equipe austríaca chega na temporada apostando em uma dupla de pilotos experientes, mas de perfil distinto.
Considerado um dos pilotos mais promissores da categoria, o holandês Max Verstappen inicia a sua sexta temporada na equipe principal da empresa de energéticos. Vale lembrar que o piloto de 23 anos é uma “prata da casa”, que passou pela Academia de Pilotos da Red Bull e pela equipe secundária (na época Toro Rosso, hoje AlphaTauri), antes de chegar ao time principal. Após conquistar o terceiro lugar entre os pilotos em 2020 -- atrás somente da dupla da Mercedes -- Max chega a 2021 com um companheiro novo.
Depois de uma temporada de altos e baixos de Alexander Albon, a Red Bull optou por uma solução não muito usual para a equipe. Para o lugar do tailandês, a equipe austríaca contratou o mexicano Sergio Pérez, que foi um dos principais nomes da categoria em 2020. Após meses de flerte entre as duas partes, o piloto e a equipe se acertaram ao fim da temporada.
Provavelmente, um dos fatores que acabaram pesando a favor de Pérez tenha sido justamente a vitória no GP de Sakhir, penúltima prova do ano, e a primeira conquista do mexicano na categoria. A contratação de Sergio, aliás, foi a primeira de alguém de fora da Academia da Red Bull desde 2007, quando Mark Webber chegou à escuderia taurina.
Apesar das mudanças aerodinâmicas e de piloto, o RB16B manteve praticamente o mesmo layout do modelo anterior. Por fora, a única diferença foi a troca de alguns patrocinadores, dentre eles a Aston Martin. Com o fim da parceria técnica com a fabricante inglesa -- que deixou a parceria técnica com a Red Bull e agora conta com uma equipe própria na F1 -- a Red Bull aproveitou para dar mais destaque para a Honda.
Esta temporada, aliás, marca a despedida da fornecedora japonesa. Depois de sair da Fórmula 1 em 2008 e retornar em 2015, a marca busca encerrar a sua quarta participação na categoria de forma positiva. Para isso, o motor deste ano adota uma especificação que ficaria pronta apenas para 2022, e conta com mudanças no motor de combustão interna, no turbo e no sistema de recuperação de energia.
Após a atual temporada, no entanto, os carros tanto da Red Bull como da AlphaTauri contarão com motores desenvolvidos pela própria marca austríaca, que assumirá o comando do programa de desenvolvimento da montadora japonesa. Esse ano, a escuderia tem tudo para repetir ou até melhorar o desempenho de 2020. Para os próximos anos, resta para os fãs e para a própria Red Bull torcerem para que a empresa consiga aproveitar o congelamento da motorização até 2024 para voltar a ser campeã.