Organizador do GP da Rússia processa F1 por suspensão do GP de 2022
A corrida foi retirada do calendário após a invasão da Ucrânia pelo exército russo; promotores do evento exigem indenização considerável.
Nesta semana, foi divulgado em agências estatais a notícia que executivos do automobilismo russo entraram com uma ação judicial contra a Fórmula 1 no Tribunal Superior de Londres. A Rosgonki, empresa responsável pelo Grande Prêmio da Rússia, busca o reembolso da taxa pré-paga de 2022, estimada em cerca de 50 milhões de libras, o que corresponde a aproximadamente 3,6 milhões de reais.
A ação judicial é devido ao cancelamento do GP de 2022, que foi removido do calendário após a invasão militar russa à Ucrânia em fevereiro do mesmo ano. Embora a categoria reconheça a dívida com a organizadora, os valores permanecem estagnados devido às sanções internacionais sobre o país.
O promotor do Grande Prêmio, Ano Rosgonki, liderado por Alexey Tito, entrou com uma ação judicial alegando quebra de contrato por parte de dirigentes da Fórmula 1. A corrida seria a última sediada na cidade de Sochi, já que em 2023, ela passaria para o circuito de Igora Drive, em São Petersburgo. Todavia, após esta suspensão, a categoria não retornou mais à Rússia.
Titov alegou que o valor deveria ser reembolsado integralmente, somado aos juros, acusando a F1 de usar a política para mascarar o que chamou de quebra de contrato . "Essa dívida existe, está confirmada, e nossa posição sobre ela permanece inalterada ", disse ele à mídia estatal russa. " Esperamos um reembolso independentemente da posição atual da Fórmula 1. As palavras de Domenicali têm uma conotação política que nada tem a ver com o verdadeiro espírito do esporte ."
Alexey também alegou que “A posição deles é que ficariam felizes em reembolsar o dinheiro [...] mas que todos nós estamos sob sanções, que as transferências estão bloqueadas e, portanto, temos que esperar.”
O caso segue no tribunal britânico, sem mais atualizações.