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Novos motores da F1 2026: o primeiro passo foi dado

A FIA divulga formalmente a base das novas regras de motor para 2026. Agora, é esperar os detalhes

16 dez 2021 - 12h42
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Após muitas discussões, um novo motor finalmente vem para a F1 em 2026
Após muitas discussões, um novo motor finalmente vem para a F1 em 2026
Foto: Renault Group / Divulgação

Quem visita o Parabólica nota que trazemos aqui o que acontece sobre a questão dos novos motores da F1. Nesta quarta, dia 15 de dezembro, a FIA divulgou o que seriam as premissas das novas regras dos motores da categoria para 2026. Originalmente, seria 2025, mas a dificuldade em se obter consenso e a possibilidade de trazer novos fabricantes fizeram a introdução ser postergada em 1 ano.

Este era um ponto muito aguardado pelos fãs da F1. Mas toda a discussão detonada pelo final do GP de Abu Dhabi acabou por deixar este anúncio um pouco de lado. Entretanto, não deixa de ser relevante. Afinal, a intenção original era de que esta nova era de motores viesse junto com o novo carro. Só que pressões dos fabricantes atuais acabaram por suspender os planos, não só em relação a custos, mas também que solução técnica seguir em relação aos combustíveis, para que se mantivesse a atratividade.

Após várias idas e vindas, o comunicado de hoje confirma boa parte do que vinha discutido ao longo dos últimos meses: manutenção dos V6 turbo com 1,6 litro e turbo e uso de combustível sustentável. Além disso, a introdução de um teto orçamentário para os fabricantes e a tão falada retirada do MGU-H (aproveitamento da energia térmica do Turbo). 

Além disso, foi confirmado um ponto interessante: o sistema híbrido deverá gerar 470cv. Isso significa praticamente o triplo dos atuais 160cv. Hoje, esta potência pode ser usada por 30 segundos durante a volta e significa cerca de 15% do conjunto total. Com este aumento, fica a dúvida: a parte a combustão terá uma perda considerável de potência com a introdução do combustível sustentável (gasolina sintética) ou a intenção é se aproximar cada vez mais da época dos 1200/1500cv que vimos em 1986? Por que este ano específico? Ali, vimos as unidades especiais de treino e sem limitações de pressão de turbo. Com isso, tivemos os motores mais potentes da história até aqui. Se os níveis de potência da parte à combustão forem mantidos, estas unidades gerarão cerca de 1200/1300cv.

Segundo o comunicado de hoje, o detalhamento das regras virá no início de 2022. Agora, é aguardar se Audi e Porsche realmente virão. Até onde se sabe, as adaptações solicitadas por eles foram atendidas. As atuais fabricantes também foram agraciadas com a manutenção da configuração atual e a introdução do teto orçamentário.

Mas as principais perguntas só serão respondidas com o detalhamento das regras: com a saída do MGU-H, como será feita a captação de energia? O MGU-K (que recupera energia das freadas) será revisto? E as baterias? É certo que o motor a combustão terá seu limite de rotações expandido (hoje são 15.000 RPM) junto com o turbo (125.000 RPM atuais). Mas quanto (se fala em 18.000 RPM)? E o fluxo de combustível será alterado para maior economia? Qual será o novo período de uso da potência elétrica durante a volta? Uma coisa que com certeza fará os fãs se animarem é a mudança nos escapamentos. A intenção é fazer com que os motores fiquem mais barulhentos do que os atuais...

O fato é que estas situações estão sendo vistas em conjunto com a área técnica da F1, comandada por Pat Symmonds. Ele já deu a entender que deverá aproveitar a introdução dos novos motores para avançar nas regras técnicas dos carros, que poderiam ser ainda menores do que os próximos, que serão cerca de 20cm mais curtos do que os de 2021.

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