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F4 Brasil: mais um passo para ajudar a volta do Brasil à F1

Após várias tentativas, o Brasil começa o seu campeonato de F4, visando preparar pilotos para passos maiores nos monopostos, incluindo a F1

9 ago 2022 - 12h07
(atualizado às 12h15)
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F4 em Interlagos: mais uma tentativa de categoria de monopostos no Brasil
F4 em Interlagos: mais uma tentativa de categoria de monopostos no Brasil
Foto: Duda Bairros/Vicar - Divulgação

O Parabólica tem como foco abordar a F1. Mas sempre esteve aberto a automobilismo em geral, bem como assuntos ligados à área. E este é um assunto que interessa e muito. Afinal de contas, para que tenhamos pilotos nos mais altos níveis do esporte, é preciso que a base seja trabalhada...

Até um tempo atrás, poderia até se dizer mesmo que a melhor maneira que um piloto brasileiro fazer uma carreira em monopostos era pegar o aeroporto. Alguns ainda dirão que nunca foi pré-requisito fazer base aqui no Brasil, sendo Ayrton Senna o maior exemplo. Lembrando que, no início dos 80, tinhamos categorias estruturadas aqui e Senna foi embora direto para a Inglaterra.

Mas voltemos para os dias atuais. O kart nos últimos anos tem vivido o que pode ser chamado de uma boa fase, com o Campeonato Brasileiro batendo recordes de inscritos. Mas não é de hoje que se prega que falta algo para ajudar a dar o próximo passo, tratar de ir para os monopostos.

Não que não houvesse tentativas. Tivemos a Fórmula Futuro trazida por Felipe Massa. Depois, vimos iniciativas como a Fórmula Inter, F-1600, Fórmula-Vee, Fórmula Delta...Algumas delas que ainda estão até hoje, mas que não cumpriram totalmente o papel de formação de pilotos por diversos motivos. Não cabe agora aqui entrar no mérito de avaliação.

Só que os tempos parecem sorrir e merecem ser vistos com um pouco de boa vontade. Afinal de contas, para quem gosta de velocidade, quanto mais carro na pista, melhor.

Após algumas idas e vindas, finalmente o projeto da F4 conseguiu entrar na pista. Com a organização da VICAR e o apoio da CBA, o campeonato saiu do papel e foi pensado de maneira a garantir o desenvolvimento dos pilotos saídos do kart e ter o contato com o mesmo equipamento que os principais centros utilizam: chassi monochoque em fibra de carbono, cambio sequencial de 6 marchas e motor de 176cv.

Sem contar que o formato da competição foi pensado para que os pilotos já possam contabilizar pontos para a obtenção da Superlicença para a F1. O campeão da F4 brasileira já conta com 12 pontos dos 40 necessários.

Alguns torcem o nariz por considerar a categoria como “familiar”, já que tem a presença de 2 membros da família Barrichello e 1 do clã Giaffone. Reduzir a isso é um pouco de simplificação. Mas o plantel reunido para esta primeira edição tem qualidade e pode dar bons frutos para frente.

A ida para o exterior é importante? Sim. Mas a existência de uma categoria de padrão internacional auxilia na formação, o piloto não chega tão “cru”. Embora tenhamos casos de pilotos que já estejam disputando outras categorias (Ricardo Gracia na F4 espanhola. Pedro Clerot já correu também na F4 italiana este ano), uma experiência como essa dá uma base para novos passos.

Já tivemos 2 etapas, com muita briga e aquele excesso de vontade típico da juventude. Mas faz parte do processo e é importante ir monitorando. Afinal, daqui a pouco surge um piloto nas cabeças e não sabemos. E é importante prestigiar para que as iniciativas acabem gerando frutos.

Para acompanhar, acesse o site da F4 Brasil e as corridas também são transmitidas pela Band Sports e no canal oficial da categoria.

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