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A Ferrari se recusou a correr na primeira corrida da F1

Em 1950, a F1 teve sua primeira corrida da história em Silverstone, mas a ausência da Ferrari chamou a atenção...

17 mai 2022 - 00h28
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Embora esteja desde a temporada inicial, a Ferrari não participou da primeira prova oficial da F1...Aqui, Alberto Ascari no comando da 275 F1
Embora esteja desde a temporada inicial, a Ferrari não participou da primeira prova oficial da F1...Aqui, Alberto Ascari no comando da 275 F1
Foto: Ferrari / Divulgação

A Ferrari é mais conhecida equipe da F1 e uma das maiores, participando de todas as 73 temporadas. Porém, das 1072 etapas disputadas até aqui, os italianos participaram de 1035. Destes 27 GPs que a equipe ficou de fora, a primeira ausência foi logo na primeira corrida da história da categoria.

O certame então conhecido como Campeonato Mundial de Pilotos começou em 13 de maio de 1950, mas a Ferrari não marcou presença, recusando-se a ir. Mas por que isso? Simples: dinheiro (sim, o vil metal já falava alto aquela época).

Naquela época, as equipes negociavam diretamente com a organização das provas o valor a ser pago pela participação, o chamado “prêmio de largada”. Normalmente, a Ferrari era uma daquelas que buscavam valorizar seu passe, já que boa parte das receitas vinham destas premiações.

Se esta era uma prática recorrente naquela época, não era diferente para a F1, ainda mais quando esta estava começando. Os organizadores bateram na porta dos principais fabricantes: Alta, ERA (Grã-Bretanha), Alfa Romeo, Maserati (Itália) e Talbot Lago (França).

A Ferrari, já com um nome a zelar nas competições, foi uma das consultadas para alinhar seus carros. Os italianos resolveram participar desta nova categoria, mas não a qualquer custo. Quando recebeu a proposta britânica, Enzo Ferrari, que à época ainda definia diretamente os rumos da equipe, não gostou e ainda tentou negociar, porém os valores não agradaram.

O que aconteceu? Enquanto 21 carros alinhavam em Silverstone, a Ferrari iria para Mons, na Bélgica, alinhar seus carros em uma corrida sob o regulamento da F2. O Comendattore resolveu deixar para tomar parte nessa nova categoria na semana seguinte, quando seria disputado o GP de Monaco (que era mais perto e pagava mais).

Mesmo a vitória em Silverstone ficando com a Alfa Romeo, pelo menos a Ferrari venceu a prova belga com Alberto Ascari, que viria a ser bicampeão da F1 em 1952 e 1953, e ainda colocando Luigi Villoresi e Franco Cortese no pódio. Como para o campeonato valiam os 4 melhores resultados de um total de 7 (incluindo as 500 milhas de Indianápolis), a ausência nas terras britânicas não era tão preocupante assim. Porém, esta marca ficou na história da F1 e da Ferrari.

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