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A entrada de Porsche e Audi na F1 está a perigo?

A Volkswagen anuncia mudanças no comando a partir de setembro. Isso pode atrapalhar a entrada de Porsche e Audi na F1?

26 jul 2022 - 12h24
(atualizado às 15h09)
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Projeção de pintura de Porsche e Audi na F1. Pode acontecer ainda?
Projeção de pintura de Porsche e Audi na F1. Pode acontecer ainda?
Foto: Mark Antar / Twitter

Todos aguardam com ansiedade o anúncio formal da entrada de Porsche e Audi na F1. A narrativa que se tem é que as marcas só estão aguardando a divulgação das regras dos motores para 2026. Seria o ponto alto de uma coreografia que vem se desenvolvendo a mais de um ano, passando por reuniões, comunicados e cartas.

Só que a entrada do grupo Volkswagen na F1, coisa aventada desde os anos 90, não pode ser algo tão simples assim até o final. Na sexta-feira passada, uma notícia pegou meio mundo de surpresa: o CEO da Volkswagen, Herbert Diess, que estava no cargo desde 2018 e havia sido reconduzido ao cargo alguns meses atrás, teve sua saída anunciada “por comum acordo” com o Conselho de Administração.

Diess assumiu o grupo na esteira do Dieselgate (escândalo de fraude com dados de emissão de gases de motores diesel) e lançou a Volkswagen em um acelerado processo de eletrificação. Mas mesmo sendo um eletrificador convicto, fez uma postagem defendendo o automobilismo como um campo de desenvolvimento de combustíveis sintéticos, especialmente a F1.

Com a definição da F1 de abraçar os combustíveis sustentáveis (0% impacto nas emissões de carbono) e simplificar os atuais motores (que são verdadeiras joias de engenharia, porém não se conseguiu vender esta imagem), Porsche e Audi, duas marcas do grupo e que atuam em mercados diferenciados, de alta lucratividade, se interessaram e começaram a participar das discussões.

A vinda das marcas da Volkswagen seria um tremendo ganho para a F1. Seria a cereja do bolo em um processo de reconstrução de marca e de interesse diante do público, com um forte controle de gastos. Além do mais, seria a viabilidade de mostrar a relevância tecnológica para a indústria automotiva, que vem se bandeando com força para o WEC diante das novas regras previstas para 2023.

Em tese, uma mudança deste tipo não impactaria em planos já definidos. Entretanto, a indústria automotiva vem passando por desafios como fornecimento de peças, desaceleração econômica e aumento de custos. No caso de Porsche e Audi, um grande investimento teria que ser feito para o projeto e a demora da liberação das regras acaba prejudicando as definições (diz-se que a Porsche entraria em conjunto com a Red Bull, o que ajudaria um pouco nos gastos. Mas...). Mesmo com tudo encaminhado, 99% não é 100%...

O sucessor de Diess será Oliver Blume, que responde pelo comando da Porsche, maior acionista do grupo Volkswagen, e é um filho da empresa: desde 1994 está na Volkswagen e comanda a marca de Stuttgart desde 2015. A marca vem investindo em automobilismo nos últimos tempos e a decisão pela F1 parece algo natural.

Quem está dentro do mundo empresarial sabe que mudanças deste tipo podem fazer mudar coisas que se davam como certas. Blume assumirá o comando a partir de 1º de setembro. Um anúncio das marcas era esperado para antes das férias de verão, junto com o anúncio da FIA. Mas ainda teremos mais alguns momentos de tensão para ver o desfecho. Afinal de contas, Volkswagen na F1 é algo que não pode acontecer sem emoção...

Parabólica
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