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Teste: Renault Kwid Intense é leve e econômico

O Kwid estreou em 2017, mas ainda é um carro novo para o consumidor brasileiro. A versão Intense é bem equipada, considerando a categoria

11 nov 2019 - 12h16
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O Kwid Intense é a versão subtop e traz rodas exclusivas.
O Kwid Intense é a versão subtop e traz rodas exclusivas.
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

A proposta do carro é ser um SUV urbano, por isso 80% de suas peças foram produzidas exclusivamente para ele. Dessa forma, não tem peças caras ou pesadas, superdimensionadas para um carro urbano, prejudicando o consumo e aumentando o preço final.

Ar-condicionado, direção elétrica, faróis de neblina e vidros elétricos são de série. Já mostramos o Kwid Zen, intermediário (R$ 40.390) num comparativo no qual ele bateu o Fiat Mobi Like. Já o Kwid Intense custa R$ 42.890 e acrescenta somente três itens: computador de bordo, faróis de neblina e rodas intense. Apesar de estar no início da na faixa dos R$ 40 mil, o Kwid Intense já conta com bons equipamentos, que o tornam mais atraente e confortável. 

O ângulo de saída do Kwid é surpreendente: 40 graus.
O ângulo de saída do Kwid é surpreendente: 40 graus.
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O design é o primeiro atrativo do Kwid. Ele parece mesmo um SUV em miniatura. A grade dianteira junta-se aos faróis e valoriza a largura do carro. As lanternas traseiras lembram as do Nissan Kicks. A proteção das caixas de roda não é aplicada, como nas versões aventureiras de todos os carros, e sim uma peça que envolve também toda a parte de dentro. 

Devido à sua proposta de “SUV”, o Kwid tem 180 mm de vão livre do solo e minúscula distância entre o eixo das rodas e a extremidade do carro. Os ângulos de entrada (24o) e saída (40o) são suficientes para encarar buracos, lombadas, depressões e entradas de garagens. Tecnicamente, o Kwid é considerado um SUV pelo Inmetro devido a esses três números, mas na prática não é.

O Kwid é pequeno, mas tem um bom livre do solo (180 mm).
O Kwid é pequeno, mas tem um bom livre do solo (180 mm).
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

A posição de dirigir elevada (583 mm entre o assento do banco e o solo) agrada quem não gosta de ficar afundado na cabine. A direção elétrica levíssima também agrada. Por ser um carro muito leve (menos de 800 kg), o Kwid tem uma relação peso/potência melhor do que a de seus concorrentes diretos (Fiat Mobi e Volkswagen Up). Isso compensa a baixa potência, de apenas 70 cv com gasolina e 66 vc com etanol.

A mecânica é a mesma para todas as configurações, o que facilita na escolha do carro: basta decidir qual nível de equipamento ou de acabamento se deseja. Todas as versões vêm com airbags laterais, além dos obrigatórios airbags dianteiros. Além disso, o Kwid tem dois isofix para prender cadeirinhas infantis. 

RENAULT KWID INTENSE 1.0
Item Conceito

Nota

(0 a 5)

Desempenho médio 2
Consumo ótimo 5
Segurança bom 3
Conectividade médio 2
Conforto médio 2
Pacote de Série médio 2
Usabilidade bom 3
Veredicto bom 2.6

A proposta de nenhuma versão oferecer rodas de liga leve (elas são de aço aro 14), com apenas três parafusos, é boa, pois está dentro da filosofia de economia de custos. Melhor: no Kwid Intense, a roda de aço tem um desenho que deixa muito parecida com uma roda de liga leve.

O consumo é nota A. Com gasolina, o Kwid chega a fazer 15 km/l na cidade. O porta-malas de 290 litros surpreende, pois é maior do que o do VW Gol e perde por apenas 10 litros para o do Hyundai HB20, que são carros bem maiores. Cabe uma bolsa feminina no porta-luvas. O tamanho dos porta-objetos das portas e do console central também são surpreendentes num carro tão pequeno. 

Por dentro, o destaque dessa versão são os bancos.
Por dentro, o destaque dessa versão são os bancos.
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O que pode melhorar

O motor 3 cilindros 1.0 do Kwid tem a mesma nomenclatura SCe do bloco usado no Renault Sandero, mas ele não tem o ESM (gerenciamento inteligente de energia) e utiliza comando de válvulas simples, sem variador de fases.  A dirigibilidade carro também pode ser aprimorada, mesmo com sua proposta urbana. 

Ok, a proposta é economizar, mas um conta-giros sempre é interessante para quem deseja dirigir de forma econômica. O indicador de troca de marchas ajuda um pouco, mas não pode ser considerado um substituto.

Apesar de a distância entre-eixos ser razoável, o Kwid é muito estreito. Isso faz com que a alavanca de câmbio bata na perna do motorista quando usada a segunda marcha ou a ré. A falta de ajuste de altura do banco e do volante pode prejudicar a posição de dirigir para algumas pessoas (não foi o nosso caso).

Os números

  • Preço: R$ 42.890
  • Motor: 1.0 flex
  • Potência máxima: 70 cv a 5.500 rpm (e)
  • Torque máximo: 96 Nm a 4.250 (e)
  • Câmbio: 5 marchas MT 
  • Comprimento: 3,680 m
  • Largura: 1,579 m 
  • Altura: 1,474 m 
  • Entre-eixos: 2,423 m
  • Peso: 786 kg 
  • Pneus: 165/70 R14 
  • Porta-malas: 290 litros 
  • Tanque: 38 litros 
  • 0-100 km/h: 14s7
  • Vel. máxima: 156 km/h
  • Consumo cidade: 14,9 km/l (g)
  • Consumo estrada: 15,6 km/l (g)
  • Emissão de CO2: 86 g/km
  • Modelo avaliado: 2020
Guia do Carro
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