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'Vamos ter base superior a 350 parlamentares', diz Onyx Lorenzoni

Futuro ministro da Casa Civil, o deputado federal do DEM ressaltou que pretende ter boa relação com o Parlamento e que 'quanto menos o Executivo interferir na Câmara, melhor'

30 nov 2018 - 23h29
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O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo terá uma base aliada superior a 350 parlamentares, "sem toma lá, dá cá". Segundo ele, antes da campanha, em julho, o apoio ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, era de 112 parlamentares, dos quais a maioria se reelegeu.

"Estamos numa fase bem adiantada de diálogo com bancadas. Eu visitei duas bancadas, a do MDB e PR e, na semana que vem até o Natal, o presidente vai receber todas as bancadas do nosso campo político", disse Lorenzoni, em entrevista concedida ao jornalista Roberto d'Ávila, na GloboNews.

O futuro ministro da Casa Civil, que atualmente chefia a equipe de transição, com um cargo de ministro extraordinário, disse que a desconexão do governo com a sociedade se deve ao "toma lá, dá cá". "O presidencialismo de coalizão era dependente disso. Nós temos uma nova forma de relacionamento. Teremos uma secretaria que vai cuidar das relações parlamentares, uma parte para a Câmara e outra para o Senado", disse.

De acordo com Lorenzoni, Bolsonaro quer chegar a dezembro do ano que vem com os parlamentares afirmando que nunca foram tão bem tratados e respeitos pelo Executivo. O futuro ministro, inclusive, afirmou que o governo deve evitar interferir nas escolhas de lideranças do Congresso. "Pela experiência que eu e ele temos, quanto menos o Executivo interferir na Câmara, melhor. Os governos que pesaram a mão nisso se deram mal. Deixa o Parlamento se resolver", afirmou.

Lorenzoni, que foi reeleito deputado federal pelo DEM no Rio Grande do Sul, disse que sua relação com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, é "fantástica" e reiterou também que o governo de Bolsonaro vai propor uma reforma para a Previdência que separe assistência social da Previdência. "O que é a aposentadoria se não uma assistência, uma rede de proteção?", questionou. Segundo ele, as propostas que foram feitas até então para o sistema previdenciário são "remendos".

Estadão
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