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TSE aprova criação do 33º partido político no País: Unidade Popular

Partido de esquerda se diz revolucionário e coletava assinaturas há ao menos dois anos

10 dez 2019 - 23h04
(atualizado às 23h13)
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou, nesta terça-feira, 10, a criação do partido Unidade Popular (UP). A formalização acontece menos de uma semana depois que o Aliança pelo Brasil, sigla em formação do presidente Jair Bolsonaro, fez o registro de pessoa jurídica, passo necessário para começar a coleta de assinaturas.

A legenda será a 33ª com registro na Justiça Eleitoral. O País chegou a reunir 35 partidos após o Partido da Mulher Brasileira (PMB) ter obtido registro setembro de 2015. O número diminuiu após fusões que ocorreram no final do ano passado para que determinadas siglas pudessem manter o número de deputados federais necessários para usufruir do fundo partidário.

Símbolo do partido recém-criado no Brasil. Nome completo do grupo é 'Unidade Popular pelo Socialismo'
Símbolo do partido recém-criado no Brasil. Nome completo do grupo é 'Unidade Popular pelo Socialismo'
Foto: Reprodução Facebook / Estadão

"Foram dois anos extremamente intensos de campanha e de mobilização, quando alguns diziam que não se podia montar um partido sem dinheiro de grandes empresas ou de apadrinhamento de grandes políticos" disse Leonardo Péricles, presidente nacional da Unidade Popular, em transmissão no Facebook de comemoração logo após a confirmação da Justiça Eleitoral.

O partido se diz de "esquerda revolucionária e popular", esboça críticas a governos do PT, mas representantes dos diretórios estaduais do partido já participaram de atos pedindo e comemorando liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo apoiou a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições presidenciais de 2018.

Segundo os dirigentes, o pedido de análise das assinaturas físicas foi protocolado em julho deste ano. O TSE confirmou que o partido conseguiu 497,6 mil assinaturas de eleitores não filiados a outros partidos, distribuídos por 15 estados, em apoio à sua criação. O mínimo, calculado a partir de cada eleição nacional atual é de 491,9 mil assinaturas, em nove estados.

A sigla terá o número 80 nas urnas eletrônicas e poderá participar das eleições municipais de 2020.

Estadão
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