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Tribunal do Zimbábue liberta opositores acusados de violência após eleição

7 ago 2018 - 11h31
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Um tribunal do Zimbábue libertou sob fiança nesta terça-feira 27 apoiadores da oposição que foram presos na semana passada acusados de fomentaram a violência após a vitória eleitoral do presidente Emmerson Mnangagwa em uma disputa contra o candidato de oposição Nelson Chamisa.

Apoiadores do candidato de oposição à Presidência do Zimbábue, Nelson Chamisa, protestam enquanto aguardam divulgação do resultado da eleição, em Harare 01/08/2018 REUTERS/Mike Hutchings
Apoiadores do candidato de oposição à Presidência do Zimbábue, Nelson Chamisa, protestam enquanto aguardam divulgação do resultado da eleição, em Harare 01/08/2018 REUTERS/Mike Hutchings
Foto: Reuters

Seis pessoas morreram em uma ação repressiva do Exército na semana passada durante protestos contra o resultado da votação, em cenas que fizeram lembrar o longo governo de Robert Mugabe, deposto em novembro por um golpe militar e substituído por Mnangagwa.O magistrado Francis Vhitorini concedeu fianças de 50 dólares a cada um dos 27 membros do Movimento pela Mudança Democrática (MDC), os primeiros a serem presos por causa das manifestações violentas da semana passada."A corte indicou que não considera nenhum deles como um fugitivo em potencial. O julgamento foi tão brilhante que ainda estamos tentando assimilá-lo", disse Denford Halimani, advogado do MDC.Chamisa e seus advogados devem anunciar ainda nesta terça-feira quando contestarão os resultados nos tribunais. Ele escreveu no Twitter que analisou indícios das zonas eleitorais que provam que ele venceu "enfaticamente".Ele afirmou que os números divulgados pela comissão eleitoral foram "falsificados e inflados em favor do presidente em fim de mandato. Estamos prontos para a posse (e) formação do próximo (governo)".O MDC disse que forças de segurança estão sequestrando seus membros em operações noturnas para intimidar o partido e impedi-lo de questionar a vitória de Mnangagwa na eleição presidencial.União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Suíça disseram em um comunicado conjunto que estão preocupados com os episódios de violência pós-eleição e com a intimidação de apoiadores da oposição."Estas violações de direitos humanos não têm lugar em uma sociedade democrática e violam os princípios fundamentais dos padrões internacionais de direitos humanos", afirmou o comunicado.O ministro de Relações Exteriores do Zimbábue negou estas acusações, dizendo a diplomatas que, se houvesse qualquer prova, os militares investigariam os casos.O Departamento de Investigações Criminais disse em um comunicado que a polícia está procurando o ex-ministro das Finanças e opositor Tendai Biti, o presidente do MDC, Morgen Komichi, e o líder jovem Happymore Chidziva, também do MDC, por sua ligação com a violência da semana passada.

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