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UE considera propostas para excluir empresas chinesas de redes de 5G

30 jan 2019 - 18h26
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A União Europeia está avaliando propostas que podem proibir o uso de equipamentos da Huawei em redes móveis da próxima geração, disseram quatro graduadas autoridades do bloco, intensificando a pressão internacional contra a maior produtora de equipamentos de telecomunicação do mundo.

Logotipo da Huawei em 3D. 29/01/2019. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration -
Logotipo da Huawei em 3D. 29/01/2019. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration -
Foto: Reuters

Embora os esforços da UE ainda estejam em estágios iniciais e possam se provar complicados demais para implementar, a medida marca uma mudança na posição do bloco em meio a crescentes preocupações de segurança no Ocidente em relação à China.

Banir empresas chinesas como a Huawei seria provavelmente bem recebido pelos Estados Unidos, que têm tentado impedir empresas do país de comprar equipamentos de infraestrutura da Huawei e pressionado aliados para fazer o mesmo.

Especialistas de segurança dos EUA temem que os equipamentos possam ser usados pelo governo chinês para espionagem --uma preocupação que a Huawei chama de infundada.

Segundo quatro graduadas autoridades da UE, uma opção sendo considerada pela Comissão Europeia é alterar uma lei de 2016 sobre cibersegurança, que exige que empresas envolvidas em infraestruturas críticas tomem medidas de segurança apropriadas.

Ao modificar a definição de infraestrutura crítica para incluir a chamada quinta geração de redes móveis, a lei pode impedir empresas da UE de usarem equipamentos fornecidos por qualquer companhia ou país suspeito de usar seus equipamentos para espionagem ou sabotagem, segundo as autoridades.

Outras mudanças também podem ser pedidas, incluindo em regras de aquisição, disseram as autoridades.

As autoridades enfatizaram que mudanças não seriam motivadas por uma única empresa, mas por preocupações mais amplas de segurança nacional envolvendo a China.

Uma porta-voz da Huawei disse que a empresa está "comprometida a trabalhar com instituições europeias para desenvolver um padrão de cibersegurança para a Europa", e que a inauguração de um novo centro de cibersegurança da empresa em Bruxelas em março reforça seu comprometimento com a Europa.

"A Huawei tem um histórico de cibersegurança limpo", disse a porta-voz. A empresa nega acusações de espionagem e sabotagem.

O governo chinês nega ter a intenção de espionar o Ocidente e tem classificado como infundada a proibição de fornecedoras chinesas de 5G nos Estados Unidos e na Austrália.

O embaixador da China para a União Europeia, Zhang Ming, levou uma mensagem similar a uma reunião com o comissário da UE para tecnologia, Andrus Ansip, na véspera, alegando que a Huawei não deveria ser banida de leilões de 5G na Europa.

A missão da China para a UE não pôde ser encontrada de imediato para comentar.

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