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Twitter proíbe anúncios políticos em aparente alfinetada no Facebook

30 out 2019 - 20h47
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O Twitter proibirá publicidade política em sua plataforma no próximo mês, disse o executivo-chefe da empresa nesta quarta-feira, num momento em que as plataformas de mídia social enfrentam pressão para impedir tentativas de guiar eleições com informações falsas.

22/07/2019
REUTERS/Mike Blake
22/07/2019 REUTERS/Mike Blake
Foto: Reuters

"Tomamos a decisão de interromper toda publicidade política no Twitter globalmente", afirmou o CEO do Twitter, Jack Dorsey, em comunicado. "Acreditamos que o alcance da mensagem política deve ser conquistado, não comprado."

Os analistas não esperam que a medida reduza significativamente os negócios do Twitter, mas suas ações caíram 1,8% nas negociações após o expediente.

As empresas de mídia social, incluindo o rival do Twitter Facebook, enfrentam crescente pressão para parar de veicular anúncios que espalham informações imprecisas.O Facebook prometeu esforços para lidar com a desinformação depois que propaganda russa na plataforma afetou o resultado da eleição presidencial dos EUA em 2016, vencida por Donald Trump.

Mas o Facebook tomou a decisão de não checar os anúncios de políticos, provocando a ira de candidatos democratas nas eleições presidenciais de 2020, como o ex-vice-presidente Joe Biden e a senadora Elizabeth Warren.

"Agradecemos que o Twitter reconheça que eles não devem permitir que difamações não comprovadas, como as da campanha de Trump, apareçam em anúncios em sua plataforma", disse Bill Russo, vice-diretor de comunicações da campanha de Biden, em comunicado por e-mail.

A proibição do Twitter entra em vigor em 22 de novembro. Dorsey escreveu no Twitter que pagar por anúncios força "mensagens políticas direcionadas às pessoas" com um poder que "traz riscos significativos para a política, podendo ser usado para influenciar os votos e afetar a vida de milhões de pessoas".

Brad Parscale, que cuida da campanha de reeleição de Trump, descreveu a ação do Twitter como uma "tentativa de silenciar os conservadores" e "uma decisão muito idiota" para os acionistas da empresa.

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