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Plataforma europeia de monitoramento de pessoas ganha força com apoio de governos

17 abr 2020 - 16h04
(atualizado às 16h07)
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Uma plataforma tecnológica europeia para dar suporte a aplicativos voltados a rastrear pessoas em risco de infecção pelo coronavírus está ganhando apoio de governos, disse uma de suas principais apoiadoras nesta sexta-feira.

Com máscara de proteção contra coronavírus, mulher utiliza celular em Kiev, Ucrânia 
17/03/2020
REUTERS/Valentyn Ogirenko
Com máscara de proteção contra coronavírus, mulher utiliza celular em Kiev, Ucrânia 17/03/2020 REUTERS/Valentyn Ogirenko
Foto: Reuters

Sete países apoiaram formalmente a iniciativa europeia de rastreamento de proximidade e de preservação de privacidade (PEPP-PT, na sigla em inglês) ou encarregaram um de seus membros de desenvolver um aplicativo nacional, disse à Reuters o empresário de tecnologia alemão Chris Boos.

A PEPP-PT emergiu como uma das principais proponentes do uso de comunicações de curto alcance permitidas pela tecnologia Bluetooth para medir o risco de transmissão de coronavírus por uma pessoa infectada.

"Muitos países dedicaram suas equipes de aplicativos a desenvolver o que estamos fornecendo", disse Boos, co-criador do PEPP-PT e da startup de automação Arago, em entrevista.

Ele listou Áustria, Alemanha, França, Itália, Malta, Espanha e Suíça, acrescentando que outros 40 países haviam se registrado e estavam em processo de integração.

Mais de 200 cientistas estão colaborando na PEPP-PT, concebida como espinha dorsal de aplicativos nacionais cujos desenvolvedores afirmam que cumprem as rígidas regras de privacidade da Europa.

Os especialistas estão correndo para criar métodos digitais de combate à doença que infectou mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo e matou mais de 150 mil até agora.

Automatizar a tarefa de avaliação de quem está em risco e dizer às pessoas para consultarem um médico, fazerem o teste de Covid-19 ou se auto-isolarem é visto por defensores da tecnologia como uma forma eficiente de acelerar uma tarefa meticulosa que normalmente envolve chamadas telefônicas e visitas de casa em casa.

A abordagem é baseada no trabalho de pesquisadores do Instituto Big Data da Universidade de Oxford, que argumentam que se 60% da população usar a plataforma, isso seria suficiente para conter a pandemia.

Isso será difícil de ser alcançado se os aplicativos forem de uso voluntário, dizem os pesquisadores. Mas, mesmo com uma baixa taxa de adoção, uma infecção pode ser evitada por uma a cada duas pessoas que usam o sistema, disse Christophe Fraser, da Oxford.

Mas um cisma se abriu entre especialistas em questões de privacidade de dados, com alguns defendendo abordagens que não hospedem dados confidenciais em um servidor principal.

A Itália apoiou um aplicativo de rastreamento de contatos desenvolvido pela startup Bending Spoons, membro da PEPP-PT, enquanto a Alemanha planeja lançar um aplicativo que está sendo desenvolvido pelo Instituto Fraunhofer Heinrich Hertz.

Na França, o instituto de pesquisa digital Inria também está trabalhando para desenvolver um aplicativo baseado na PEPP-PT.

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