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Mark Zuckerberg desiste de metas anuais e projeta Facebook daqui uma década

Nos últimos 10 anos, executivo sempre divulgou projetos pessoais, como aprender mandarim ou ler mais livros; agora, objetivo é resolver problemas e traçar planos para rede social

9 jan 2020 - 17h29
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Em Blanchardville, Wisconsin, Zuckerberg almoçou com uma família de fazendeiros e andou de trator
Em Blanchardville, Wisconsin, Zuckerberg almoçou com uma família de fazendeiros e andou de trator
Foto: Facebook / Estadão

Nos últimos anos, o universo da tecnologia acostumou-se a ver Mark Zuckerberg traçar sempre uma meta pessoal para cada ano. Falar mandarim, ler mais livros, conversar com pessoas pelos Estados Unidos e aprender a cozinhar foram algumas delas. Em 2020, porém, o presidente executivo do Facebook vai fazer diferente: em vez de ter uma meta anual, ele decidiu divulgar planos para a próxima década. "Quero pensar no que minha vida vai ser em 2030, quando minha filha estiver prestes a entrar no Ensino Médio", disse o executivo, em uma publicação feita em sua página pessoal no Facebook.

Ao todo, Zuckerberg descreveu cinco metas para a década. A primeira delas é uma mudança geracional no Facebook: criada inicialmente como ferramenta para dar voz à sua geração, os millenials, a rede social agora deverá se tornar uma ferramenta para "ajudar a geração dos nossos filhos". É um objetivo que vai além da boa missão: o Facebook tem perdido atenção entre os usuários mais jovens para sistemas rivais, como o app chinês TikTok. Nesse aspecto, Zuckerberg disse que também pretende focar pessoalmente em financiar e dar plataformas para jovens empreendedores, cientistas e líderes fazerem mudanças no futuro.

Ele também reiterou a busca do Facebook em criar uma nova plataforma social privada - algo já anunciado por ele no início de 2019, quando propôs unificar a infraestrutura de mensagens do Facebook Messenger, do WhatsApp e do Instagram. "A internet já nos deu o super poder de conectar com qualquer um, em qualquer lugar. Agora, com bilhões de pessoas, é difícil achar seu papel na sociedade, com senso de propósito e comunidade. Queremos ajudar nesse papel", escreveu Zuckerberg nesta quinta-feira.

No texto, Zuckerberg também reiterou duas metas que detalhou na entrevista exclusiva que concedeu ao Estado em setembro de 2019: descentralizar a oportunidade no mundo e desenvolver a nova plataforma de computação - no caso, óculos de realidade virtual e aumentada.

Ele também discutiu sobre formas de governança, isto é, como lidar com o poder que o Facebook amealhou nos últimos anos. "Não acredito que empresas privadas deveriam tomar decisões importantes que tocam em valores democráticos tão fundamentais". Mais uma vez, ele reiterou a importância de regulamentação sobre sua empresa e órgãos de governança independentes, como o que o Facebook está criando para regulamentar seu conteúdo. Uma crítica frequente, porém, é a de que ao pedir regulamentação, o Facebook pode acabar recebendo regras mais leves do que o necessário.

Estadão
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