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Investigação do HSBC ajudou a gerar acusações contra Huawei nos EUA

27 fev 2019 - 12h00
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Uma investigação interna do HSBC sobre as conexões da Huawei com uma suposta empresa de fachada no Irã revelou que a fabricante de equipamentos de telecomunicações chinesa manteve laços financeiros estreitos com a empresa anos depois de supostamente vender a unidade, mostram documentos analisados pela Reuters.

Logotipo da Huawei durante o Mobile World Congress em Barcelona. 24/2/2019. REUTERS/Sergio Perez -
Logotipo da Huawei durante o Mobile World Congress em Barcelona. 24/2/2019. REUTERS/Sergio Perez -
Foto: Reuters

A investigação do HSBC sobre a Huawei ocorreu no fim de 2016 e 2017, quando o banco tentava fazer com que o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) desconsiderasse as acusações criminais por conduta imprópria do banco envolvendo sanções dos EUA.

As descobertas do banco, ainda não divulgadas, foram entregues em 2017 para o DOJ. O departamento as utilizou para ajudar a construir sua atual ação penal contra a vice-presidente financeira da Huawei, Meng Wanzhou.

Ela é acusada de conspirar para fraudar o HSBC e outros bancos por adulterar o relacionamento da Huawei com a suposta empresa de fachada, a Skycom Tech. A Huawei disse que a Skycom era uma parceira local no Irã, enquanto os EUA afirmam que era uma subsidiária não oficial para ocultar negócios da Huawei no Irã. A Huawei e a Skycom também são acusadas nos EUA de fraude bancária e eletrônica, além de violarem as sanções ao Irã.

Autoridades norte-americanas alegam que a Huawei usou a Skycom para obter bens e tecnologia norte-americanos embargados no Irã e para transferir dinheiro para fora do país por meio do sistema bancário internacional. Como resultado, HSBC e outros bancos liberaram mais de 100 milhões de dólares em transações ligadas à Skycom nos EUA que potencialmente violaram as sanções econômicas impostas por Washington contra o Irã.

A Huawei se recusou a comentar a matéria. A empresa tem negado as acusações no caso.

Um porta-voz do Departamento de Justiça se recusou a comentar.

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