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TruePay, de pagamento por recebíveis, anuncia aporte de R$ 45 mi

Fintech ajuda varejistas a utilizar recebíveis de cartão de crédito como pagamento para fornecedores de insumos

1 set 2021 - 17h01
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A TruePay, startup que gerencia recebíveis de cartão de crédito para varejistas, anunciou nesta quarta-feira, 1º., um aporte de R$ 45 milhões, liderado pelos fundos Kaszek e Monashees. Na onda da regulamentação do setor pelo Banco Central, a fintech é uma das recém-nascidas que aposta no setor no Brasil.

Com o investimento, a TruePay investirá em tecnologia e contratação de funcionários até o final do ano — atualmente, 30 pessoas fazem parte da empresa e o objetivo é chegar a 100 em dezembro. Segundo Luiz Eduardo Cascão, cofundador da fintech, a intenção é consolidar o negócio e expandir, mirando já em possíveis outros mercados da América Latina.

"O aporte nos ajuda de diversas formas. Primeiro para construir um melhor time de tecnologia, efetivamente nós somos uma empresa de tecnologia. Queremos escalar a nossa produção e mostrar que empreender no Brasil não é uma missão impossível", explicou Cascão em entrevista ao Estadão.

Com foco em pequenos e médios varejistas, a TruePay atua como uma intermediária no uso dos recebíveis de cartão de crédito, como pagamentos de fornecedores. Dessa forma, os clientes — bares, restaurantes e outros negócios — conseguem comprar com um prazo de pagamento maior do que no método tradicional.

Do lado das empresas que fornecem, a TruePay utiliza o valor dos recebíveis para garantir que o pagamento seja feito na hora, como uma linha de crédito, e fica com uma porcentagem do total como taxa de administração, explica Pedro Oliveira, cofundador e sócio de Cascão. Para o cliente, a operação não tem custo.

"A gente faz todo esse trabalho complicado de pegar os recebíveis de maneira pré-acordada com o varejista. Nos conectamos direto com as adquirentes e trabalhamos com qualquer maquininha que eles quiserem para oferecer esse serviço. Esse investimento vem como um combustível para a gente começar a mudar as relações comerciais", afirma Oliveira.

A regulamentação do Banco Central relativa ao registro de recebíveis foi aprovada no começo de julho e permitiu que empresas pudessem mediar e gerenciar esse valor independentemente das administradoras de crédito. Assim, os estabelecimentos podem negociar valores de recebíveis que não ficam retidos por instituição financeiras — na prática, o lucro é liberado como linha de crédito para que esses comerciantes possam usá-lo para outros pagamentos.

Estadão
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