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Fintech Pravaler compra Amigo Edu e entra no segmento de educação

Empresa especializada em financiamento estudantil quer ir além do crédito e planeja novas aquisições em breve

29 set 2021 - 23h05
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O Pravaler, programa de financiamento privado para o ensino superior, fez a sua primeira aquisição da história. O alvo foi a edtech Amigo Edu, que funciona como um marketplace do setor educacional, e marca a entrada da empresa em um segmento diferente do financeiro. O valor da transação, que contempla 100% do capital da edtech, não foi revelado.

Segundo o presidente do Pravaler, Carlos Furlan, a aquisição pode ser considerada um marco para a empresa para ir além do crédito. "Queremos estar presentes ao longo da jornada dos alunos. Antes, se um aluno tentasse e não conseguisse um empréstimo, perdíamos todo o contato. Com o Amigo Edu teremos outras opções de serviços, além estarmos em contato com mais alunos desde o ensino médio", afirma Furlan.

Carlos Furlan, presidente do Pravaler, afirma que outras aquisições estão no radar
Carlos Furlan, presidente do Pravaler, afirma que outras aquisições estão no radar
Foto: Divulgação/Pravaler / Estadão

Especializada em concessão de bolsas de estudos em universidades particulares e digitalização de instituições, a Amigo Edu possui mais de 20 mil pessoas conectadas ao seu marketplace e já realizou mais de 500 mil vestibulares digitais para instituições privadas. A empresa, segundo Furlan, deu um salto com a pandemia.

A meta do Pravaler é que o negócio do Amigo Edu possa representar 10% do faturamento da empresa até 2025. Para este ano, o Pravaler prevê chegar a um faturamento de R$ 300 milhões. Além disso, nós próximos quatro anos, a empresa quer saltar de 180 mil para 1 milhão de alunos beneficiados pelos empréstimos, e fazer a sua carteira de crédito aumentar de R$ 4 bilhões para R$ 10 bilhões.

Mais "tech" e menos "fin"

Para conseguir alcançar esses valores, o Pravaler vai abrir a carteira para novas aquisições. De acordo com o executivo, há vários alvos sendo analisados, tanto na área de fintechs quanto na de educação.

Aliás, uma das metas do Pravaler é ser mais "tech" e menos "fin". Na verdade, segundo Furlan, é encontrar um equilíbrio. Como a empresa surgiu em 2006, o foco maior sempre foi no empréstimo - mesmo que a grande maioria deles sejam feitos de maneira online.

Porém, o próprio time de tecnologia passou a ficar robusto somente nos últimos anos. Em 2016, eram apenas quatro pessoas totalmente direcionadas para inovações em tecnologia. Hoje, são mais de 100. E é desse setor que devem vir novos produtos e aumento da eficiência da empresa, que tem o banco Itaú como um dos seus principais acionistas.

"Queremos ser uma empresa de serviços para a educação e um ponto importantíssimo para nós é a diversificação das linhas de receita", diz Furlan. A A empresa está capitalizada para ir atrás de mais aquisições. No fim de agosto, o Pravaler emitiu quase R$ 180 milhões em FDICs (fundo de investimento em direitos creditórios) com taxas entre 2,4% e 3,3% sendo o prazo máximo de 84 meses.

Furlan afirma que outros como esse devem ocorrer em breve, ainda mais com a demanda reprimida de alunos que gostariam de ingressar em universidades com o arrefecimento da pandemia. "Teremos uma nova rodada entre o fim desse ano e o início do ano que vem", diz.

Estadão
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