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Beyond Meat chega ao País de olho em quem quer comer menos carne

Lançados há algumas semanas, as carnes vegetais da Beyond Meat querem conquistar o mercado e o paladar de todos os brasileiros - e não só dos vegetarianos

29 jul 2020 - 13h05
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Recém chegada ao Brasil, a pioneira marca de carne vegetal Beyond Meat quer ser referência no consumo de produtos à base de plantas para o brasileiro. Pensando no perfil de pessoas que ainda comem carne, a empresa — uma das principais nesse segmento no exterior — quer concorrer com marcas nacionais na experiência do consumo de produtos vegetais.

A Beyond Meat surgiu em 2009, nos Estados Unidos, como uma alternativa para o consumo de carne animal, com a intenção de fazer uma transição na forma do consumo de proteína com produtos 100% à base de planta. Por aqui, a empresa desembarcou no fim de julho e pensa em estratégias para incluir os produtos vegetais na dieta brasileira.

"Sei como a carne é uma coisa importante no Brasil. Queremos dar uma opção aos brasileiros. Nós estamos muito animados de começar essa parceria (com o St. Marché) e chegar ao Brasil", afirmou Will Schafer, diretor de marketing da Beyond Meat, em uma coletiva online em que o Estadão participou.

A empresa trabalha com a apresentação de um produto que não é feito somente para vegetarianos ou veganos, mas para pessoas que queiram experimentar a diminuição do consumo de carne — os chamados flextarianos. "Nossa missão é encontrar ingredientes que as pessoas fiquem confortáveis", explica Schafer. "Pessoas amam carne, mas existem preocupações nesse consumo com a saúde, aquecimento global e o tratamento dos animais".

No País, a empresa possui quatro produtos: hambúrgueres, carne moída e dois tipos diferentes de 'sausage', espécie de linguiça que é tradicionalmente feita com carne bovina nos Estados Unidos. Todos estão na rede de supermercados St. Marché, em São Paulo, mas ainda com preços salgados na prateleira. Uma caixa de Hambúrguer Vegan, com 227 gramas no total, custa R$ 65,90 no site oficial do supermercado, enquanto a carne moída, com pouco menos de 500g em um pacote, sai por R$ 99,90.

A Beyond Meat, porém, reconhece os preços altos no País e afirma que trabalha para diminuir o valor, mas que a fabricação ainda não pode permitir uma baixa imediata. Os produtos estão sendo importados para o Brasil, o que também aumenta o preço final ao consumidor.

"Nossa intenção não é focar nos consumidores de poder aquisitivo mais alto. Queremos democratizar esse acesso. Estamos nos esforçando para escalar os nossos produtos. Quanto maior for a escalada, menor será o preço, mas ainda estamos crescendo".

De acordo com Schafer, até 2024, a empresa quer desenvolver um produto de categoria importante, como carne moída, por exemplo, para chegar ao mercado com o mesmo preço da carne vermelha.

Schafer afirmou também que ainda não tem planos para começar a produção de produtos no Brasil, mas que espera, no futuro, uma colaboração com o agronegócio brasileiro. Além disso, o diretor informou que existe interesse em levar os produtos para outras partes do País e que a chegada em outras regiões pode acontecer no futuro.

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

Estadão
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