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CES: pulseira para medir calorias ingeridas gera polêmica

Segundo criador, o aparelho trabalha com uma margem de precisão de 85%

5 jan 2015 - 17h26
(atualizado às 17h57)
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George Mikaberidze, cofundador da empresa fabricante do aparelho, a HealBe, mostra o gadget durante a edição 2015 da CES
George Mikaberidze, cofundador da empresa fabricante do aparelho, a HealBe, mostra o gadget durante a edição 2015 da CES
Foto: BBC Mundo / Reprodução

Uma pulseira que seria capaz de medir as calorias ingeridas pelo corpo de seu usuário despertou atenção e polêmica na atual edição da feira Consumer Electronic Show, a CES 2015, sendo realizada em Las Vegas (EUA).

A GoBe, segundo seus criadores - de origem russa -, mede o fluxo de água dentro das células. "Os carboidratos (ingeridos pelo usuário) se convertem em glicose, que vai para as células e faz a água sair das células", explica à BBC George Mikaberidze, cofundador da empresa fabricante do aparelho, a HealBe.

A apresentação da medição de calorias ocorre via smartphones - o aparelho pode ser sincronizado com os sistemas operacionais iOS e Android. A BBC testou o produto: fez Mikaberidze comer um lanche que incluía sanduíche, chocolate e bebida. Segundo as embalagens dos alimentos, foram ingeridas 555 calorias.

Após duas horas, quando o corpo de Mikaberidze já teve tempo de digerir os alimentos, a GoBe calculou que foram 514 calorias. Segundo Mikaberidze, o aparelho trabalha com uma margem de precisão de 85%.

Questionado a respeito dos diferentes portes físicos de cada pessoa, que podem levar a variações na medição, Mikaberidze afirmou que está trabalhando para aumentar a precisão do GoBe e adaptá-lo a diferentes perfis de usuários (idosos, esportistas e crianças, por exemplo).

Mas o produto tem gerado controvérsia: críticos dentro da comunidade médica dizem que ele faz propaganda enganosa ao prometer contar calorias, pois a glicose no sangue seria apenas um dos indicativos do total de energia consumido pelo usuário.

Muitos questionam o funcionamento do aparelho, dizendo que o sensor de impedância usado pelo GoBe não seria capaz de fazer uma correlação precisa entre a água das células e os níveis de glicose.

Mikaberidze responde que o produto foi feito e testado com a ajuda de associações médicas na Rússia.

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