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Tesla leva culpa em acidente fatal envolvendo carro autônomo na Flórida

13 set 2017 - 08h20
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As investigações sobre um acidente ocorrido na Flórida, em 2016, que envolveu um carro autônomo da Tesla concluíram que as prováveis causas foram erro do motorista e excesso de velocidade. Mas o Conselho de Segurança no Transporte dos Estados Unidos dividiu a culpa com a fabricante do veículo, de acordo com o relatório divulgado nesta terça-feira (12).

Tesla
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Foto: Canaltech

A agência culpou especificamente a Tesla por não garantir a atenção do motorista em alta velocidade e não restringir o uso do piloto automático às estradas adequadas. Além disso, o relatório concluiu que não havia monitoramento suficiente sobre a atenção do motorista.

Foram emitidas sete novas recomendações de segurança e reiteradas duas já existentes, incluindo a captura de dados do relatório do sistema automatizado, limites ao uso de recursos de autocondução e formas de medir o envolvimento dos motoristas.

O relatório final é contundente. O texto diz que os sistemas de proteção falharam e a Tesla permitiu que o motorista usasse o sistema de autocondução fora do ambiente para o qual foi projetado.

Outro fator ressaltado no inquérito é que o sistema deu demasiada margem de manobra ao motorista e ajudou a desviar sua atenção.

Como foi o acidente

O inquérito foi aberto após o choque de um modelo S em 2016, conduzido por um homem de 40 anos na Flórida. O carro bateu em um caminhão enquanto estava no modo de piloto automático. O motorista morreu.

A investigação descobriu que as mãos do motorista ficaram no volante por 25 segundos dos 37 minutos em que o carro estava no piloto automático. O sistema operacional do veículo avisou o motorista sete vezes para colocar as mãos no volante antes de acontecer o acidente.

A investigação mostra ainda que nem o motorista nem o sistema de sensores do carro detectaram o caminhão cruzando a estrada.

A Tesla disse que está revisando as recomendações da agência e citou um relatório de outro órgão de segurança no trânsito dos Estados Unidos, que não encontrou problemas de segurança com o piloto automático e verificou uma queda de 40% de acidentes após a implantação desse sistema nos carros.

A empresa também afirmou que atualizou o conjunto de sensores e o software utilizados no carro para impedir que os motoristas acionem o piloto automático se ignorarem avisos do sistema. Além disso, a Tesla está coletando dados dos motoristas para melhorar o desempenho do piloto automático.

Segurança em debate

No fundo, o que está em debate é se os carros automáticos são mais seguros. Das mais de 33 mil mortes em acidentes automotivos que acontecem nos EUA a cada ano, 94% são causados por erros humanos.

O CEO da Tesla, Elon Musk, já afirmou que os veículos autônomos reduzirão essas mortes e que a probabilidade de um acidente acontecer é 50% menor com o piloto automático.

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