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Intel prevê queda de 6% no desempenho de processadores após atualização

12 jan 2018 - 11h01
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A Intel continua correndo atrás do prejuízo após a descoberta de graves falhas de segurança em seus processadores. Agora, a empresa revelou os resultados de testes de banchmark para confirmar uma previsão que, por enquanto, apenas especulava: após a aplicação dos patches que resolvem as brechas usadas pelos ataques Spectre e Meltdown, os componentes devem ter uma queda média de 6% em seu desempenho.

Os testes foram feitos em softwares reconhecidos para testes de capacidade, como o PCMark e o 3D Mark, em diferentes famílias de processadores e com variadas configurações. Em todos os casos, entretanto, a marca usou HDs SSD para garantir um carregamento o mais rápido possível do sistema operacional e inferir de que maneira o componente, em si, estaria afetando a inicialização e performance.

Alguns dos resultados obtidos pela companhia são alarmantes. No modelo Core i7-6700K, por exemplo, foi possível perceber reduções de até 21% na capacidade de processamento. Outras quedas significativas aconteceram com os modelos i7-8650U e i7-7920HQ, com baixas de 14% em ambos os casos.

Intel prevê quedas de 6% a 10% no desempenho de processadores após aplicação de correções.
Intel prevê quedas de 6% a 10% no desempenho de processadores após aplicação de correções.
Foto: Canaltech

Entretanto, como alerta a Intel, tais parâmetros foram obtidos apenas em testes específicos, realizados pela plataforma Sysmark. Ou seja, as quedas podem acontecer em maior ou menor grau, ou serem simplesmente inexistentes, de acordo com o que está sendo trabalhado em cada computador. De maneira geral, a notícia é boa. Usuários comuns não devem perceber a redução de performance em seu dia a dia, enquanto gamers, se notarem algo, perceberão mudanças leves no desempenho visual.

O mesmo também vale para usuários de aplicações financeiras ou softwares artísticos, voltados para a renderização de vídeos ou gráficos tridimensionais. Por outro lado, aplicações web com uso considerado "complexo" das operações em JavaScript serão as mais atingidas, e é daqui que a Intel tira a média de 6% de redução na performance de toda a sua família de processadores, enxergando que esse fator não deve ultrapassar os 10% na maioria dos casos.

Apesar de só ter revelado testes em relação às sextas, sétima e oitava gerações de processadores, todos com arquitetura de 14 nanômetros e representando os mais potentes de suas categorias, a fabricante espera resultado semelhantes em outras configurações. Modelos inferiores ou conectados ao sistema operacional de outras maneiras devem apresentar reduções parecidas, mas, quem sabe, ainda mais imperceptíveis uma vez que tais equipamentos não são as preferências de quem precisa de robustez, justamente o público mais atingido pelas quedas.

Mesmo assim, a empresa continua coletando dados e testando diferentes configurações, prometendo revelar mais números nos próximos dias. O foco, agora, é nos equipamentos mobile e de desktop lançados ao longo dos últimos cinco anos, de forma a entender exatamente como a solução das falhas vai afetar a maior parte dos consumidores de produtos Intel.

Descobertas no início deste ano, as brechas Spectre e Meltdown permitem que invasores realizem ataques direcionados e tenham acesso aos processos e informações de um computador. Considerada uma falha de design, a abertura está disponível em equipamentos da Intel, AMD e ARM, entre outras fabricantes de chips, com todas, agora, correndo para liberar atualizações e correções que fechem a porta.

Canaltech Canaltech
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