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Facebook quer tornar fake news mais difíceis de serem encontradas

30 abr 2018 - 11h29
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A iniciativa de alertar usuários para as fake news circulando pelo Facebook pode ter dado bem errado, mas a empresa não desistiu de informar seus usuários sobre isso. Em um evento realizado na última semana, a rede social detalhou novas medidas para não apenas alertar utilizadores que determinadas matérias são mentirosas, mas também reduzir o alcance dos links.

A primeira grande novidade é a redução no tamanho dos links exibidos na linha do tempo. Quando se tratarem de fake news, a imagem de exibição, considerada pelo Facebook como o maior atrativo para o engajamento, será bem menor, assim como a fonte do link em si. A caixa para clicar será pouco maior que a de links relacionados, que trazem a indicação de que tais dados foram checados e são verídicos.

É uma grande mudança em relação ao método original, que trazia selos vermelhos e em destaque para indicar a existência de fake news. Semanas depois do lançamento dessa iniciativa, o Facebook anunciou que estava voltando atrás ao perceber que isso fazia com que os cliques e os compartilhamentos aumentassem, inflamando os ânimos de quem queria acreditar em tais informações e era confrontado com a verificação realizada.

Redução no tamanho de links é arma do Facebook para conter fake news (Imagem: Reprodução/TechCrunch)
Redução no tamanho de links é arma do Facebook para conter fake news (Imagem: Reprodução/TechCrunch)
Foto: Canaltech

De acordo com o diretor de integridade do feed de notícias, Michael McNally, a alteração foi rapidamente percebida como negativa e abandonada, substituída pela inclusão de links relacionados que traziam contexto e informação verídica, além da indicação de verificação. A nova medida é o próximo passo, que torna as fake news mais difíceis de serem enxergadas e "esquecidas" de maneira mais veloz.

Outra mudança tem a ver com a forma como tais informações serão verificadas por agências e parceiros de mídia do Facebook, que agora passarão a contar com uma forcinha da inteligência artificial. Com base em relatórios de usuários e dos próprios aliados, a empresa irá trabalhar em sistemas que identifiquem os principais sinais de falsidade e analisem a quantidade de compartilhamentos e o alcance que um link está obtendo, a indicando como prioridade para checagem.

Assim, acredita a rede social, o tempo dos verificadores será melhor empregado em notícias que tenham mais chance de serem efetivamente falsas. A mudança na exibição de links só valerá para fake news comprovadas, o que torna ainda maior a necessidade de agilidade e amplitude deste processo.

De acordo com números da rede social, os novos esforços, combinados com outros já existentes como o combate a perfis e páginas falsas e mais cuidado com anunciantes relacionados a determinados temas, irão reduzir o alcance de fake news em 80%. É uma necessidade constante e o tempo urge, afinal de contas, no segundo semestre, diversos países do mundo, incluindo o Brasil, realizam grandes eleições. E o Facebook não quer ver se repetindo o que aconteceu em 2016, durante a corrida que levou Donald Trump à Casa Branca.

Canaltech Canaltech
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