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Após polêmica, WhatsApp amplia prazo para aceitar novas regras

A medida tem enfrentado críticas desde a sua primeira tentativa de implementação, em fevereiro deste ano

7 mai 2021 - 12h23
(atualizado às 14h10)
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Atualizado às 13h46 para incluir posicionamento do WhatsApp

A nova política de privacidade do WhatsApp segue encontrando desafetos. Nesta sexta-feira, 7, a Press Trust of India, um dos maiores canais de notícias do país, afirmou que usuários indianos não terão mais o prazo obrigatório de até 15 de maio para aceitar os novos termos e não terão suas contas prejudicadas. O WhatsApp confirmou a informação, posteriormente, em comunicado e afirmou que o cancelamento do prazo é válido para todos os países em que opera — nenhuma conta perderá, então, funções de ligações e mensagens em 15 de maio.

Um aviso começou a ser colocado dentro do próprio app, lembrando os usuários de que era necessário aceitar os termos ainda em fevereiro, e o WhatsApp informou que quem não concordasse com a nova política não perderia a conta, mas ficaria impossibilitada de realizar ações como efetuar ligações e enviar mensagens. Isso é o que vai mudar, segundo o WhatsApp: as notificações para aceitar as novas regras continuarão a ser exibidas, mas não haverá um prazo final para que os recursos do app deixem de funcionar, afirmou a empresa ao Estadão. O dia 15 de maio segue firme apenas como a data em que as novas regras entrarão em vigor.

"Ninguém terá suas contas excluídas ou perderá a funcionalidade do WhatsApp em 15 de maio por causa desta atualização. Nas últimas semanas, exibimos uma notificação no WhatsApp com mais informações sobre a atualização. Depois de dar a todos tempo para revisar, continuamos a lembrar aqueles que não tiveram a chance de revisar e aceitar. Após um período de várias semanas, o lembrete que as pessoas recebem eventualmente se tornará persistente", disse a empresa.

Entretanto, segundo o WhatsApp, depois que o usuário recebe o "lembrete persistente", não será mais possíve acessar a lista de conversas, mas ligações e mensagens ainda poderão ser recebidas e respondidas. Após algumas semanas, se o usuário continuar sem concordar com os termos de uso, chamadas e notificações serão bloqueadas, além de não ser mais possível receber mensagens.

Os novos termos reiteram uma prática que já acontecia no mensageiro: o compartilhamento de alguns dados com o Facebook, uma vez que os dois apps estão sob o comando de Mark Zuckerberg. As primeiras mensagens começaram a circular ainda em janeiro, com um prazo para concordar com a política em fevereiro. A repercussão negativa, porém, de que usuários que não concordassem poderiam perder suas contas, fez com que a empresa se explicasse mais de uma vez, e aumentasse o prazo em todo o mundo para 15 de maio.

Desde que anunciou as novas regras, muitos usuários têm procurado outros aplicativos para conversar com parentes e amigos. No período, Signal e Telegram, dois mensageiros semelhantes ao WhatsApp, tiveram um aumento expressivo de downloads e passaram a representar uma alternativa. Em janeiro, o Telegram disse que tinha ultrapassado os 500 milhões de usuários ativos globalmente. Já o Signal, foi baixado por 17,8 milhões de usuários somente na semana do anúncio do WhatsApp.

Agora, com o cancelamento do prazo na Índia — e a informação de que nenhuma conta será prejudicada — a empresa enfrenta o questionamento de outros países em relação ao prazo e a necessidade da confirmação do termo. As mensagens relembrando o usuário de que os termos precisam ser aceitos, porém, não vão sumir do app.

O WhatsApp decidiu implementar a nova política para estreitar principalmente as relações empresariais do app, em funções como o WhatsApp Business e a API do aplicativo — o Facebook agora vai poder gerenciar, com mais integrações, funções de conversas e respostas automáticas para grandes empresas.

Desde o início da polêmica, o WhatsApp reitera que a mudança não afeta a privacidade das conversas, dizendo que as mensagens continuarão privadas, protegidas por criptografia de ponta a ponta.

Estadão
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