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Alibaba enfrenta Amazon na Europa, reduzindo taxas para atrair marcas

8 jan 2020 - 14h32
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Após anos de pesquisas, o rei do varejo chinês Alibaba está entrando no mercado europeu. A empresa tem cobrado taxas menores do que as Amazon para atrair fornecedores, mas teve resultados mistos, disseram fontes com conhecimento do assunto.

Logotipo da AliExpress é visto em escritórios da Alibaba em Hangzhou, China. 18/11/2019. REUTERS/Aly Song
Logotipo da AliExpress é visto em escritórios da Alibaba em Hangzhou, China. 18/11/2019. REUTERS/Aly Song
Foto: Reuters

Uma enxurrada de pequenas empresas aderiu à sua plataforma europeia, o AliExpress, nos últimos meses, mas algumas marcas maiores estão se segurando, segundo as fontes.

O AliExpress abordou marcas conhecidas, incluindo Mango, Benetton e o grupo de moda espanhol Tendam, dono da Cortefiel, para vender em seu site, obtendo sucesso limitado, de acordo com cinco fontes envolvidas nas abordagens que pediram anonimato.

Algumas das marcas não sentiram que o site, cujas ofertas de moda incluem uma minissaia de imitação de couro por cerca de 18 dólares e um suéter de acrílico por 14 dólares, era a vitrine ideal para seus produtos, disseram fontes.

Um executivo de uma grande empresa de moda, que rejeitou as abordagens do AliExpress na Europa, disse que sua marca precisava estar em um "ambiente de aspiração". Outro descreveu a plataforma AliExpress como "um trabalho em andamento".

No entanto, o chefe do AliExpress, Wang Mingqiang, disse à Reuters em entrevista na sede do Alibaba em Hangzhou, que marcas estrangeiras precisam de tempo para entender a plataforma.

Com espaço para projetar suas próprias lojas dentro da plataforma, as marcas podem criar sua própria página inicial, com fotos e vídeo, para criar a sensação que desejam, disse ele.

Tanto a Benetton quanto a Tendam se recusaram a comentar se foram abordadas. Essas marcas não estão no AliExpress, mas vendem na Amazon. A Mango não vende no AliExpress nem na Amazon.

Uma porta-voz do AliExpress não comentou se a empresa havia abordado essas marcas ou outras.

"Estamos constantemente explorando oportunidades de trabalhar com diferentes parceiros e comprometidos em atuar como parceiro confiável para consumidores e vendedores", disse a empresa.

Inicialmente, a AliExpress tem como alvo Espanha e Itália, além dos países da Europa e Ásia, Rússia e Turquia, entre seus principais mercados no modelo de negócios lançado em 2010.

A Espanha, país com fortes marcas locais, é o tipo de mercado que o Alibaba precisa conquistar para cumprir a meta do presidente-executivo Daniel Zhang de mais do que dobrar sua base de clientes para 2 bilhões de pessoas em 2036, apesar da economia chinesa estar desacelerando.

O AliExpress retirou as taxas mensais para os vendedores na Espanha, enquanto as comissões pelos produtos vendidos são fixadas em 5% a 8%, segunda uma fonte sênior próxima à empresa.

Em comparação, custa 39 euros por mês, mas impostos sobre as vendas, vender na Amazon, além de uma comissão por cada objeto vendido, que vai de 7% a 15%, com alguns itens como joias e acessórios para dispositivos da Amazon exigindo taxas mais altas, disse uma porta-voz da Amazon.

A Amazon se recusou a comentar sobre a mudança do AliExpress para abrir sua plataforma a vendedores locais. A empresa dos EUA é o maior mercado de compras online em seus cinco principais mercados europeus: Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha, segundo a consultoria Marketplace Pulse.

((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447727))

REUTERS PS AAP

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