Saiba quais estabelecimentos foram interditados em SP por vendas de bebidas com metanol
Governo paulista divulga endereços dos 11 locais fiscalizados após casos de intoxicação por metanol
O governo do estado de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (6/10) uma lista com os nomes e endereços de 11 estabelecimentos comerciais interditados por suspeita de vender bebidas alcoólicas contaminadas com metanol, uma substância altamente tóxica para o consumo humano. A interdição foi realizada por equipes da Vigilância Sanitária estadual, como medida preventiva diante do aumento de casos de intoxicação registrados nos últimos meses em diferentes municípios paulistas.
A ação faz parte de uma força-tarefa conjunta entre as Secretarias da Saúde, da Justiça e da Fazenda, com apoio da Polícia Civil, e tem como objetivo interromper a cadeia de distribuição de bebidas possivelmente adulteradas, além de investigar os responsáveis pela comercialização irregular.
Segundo as autoridades, o consumo de metanol — utilizado principalmente como solvente industrial e combustível — pode causar sintomas graves como náusea, vômito, visão turva, dificuldade respiratória, coma e até levar à morte. O aumento expressivo de internações e óbitos com suspeita de intoxicação acendeu um alerta nos sistemas de saúde e fiscalização.
Confira abaixo os estabelecimentos interditados:
Bebilar Distribuidora — Bela Vista, São Paulo (capital)
Localizado na região central da capital, o comércio atuava na venda de bebidas alcoólicas e foi alvo da fiscalização após denúncias de consumidores e indícios de produtos irregulares. O espaço foi interditado para apuração da origem dos itens comercializados.
BBR Supermercado — Bela Vista, São Paulo (capital)
Também na mesma região, o supermercado teve parte de suas operações suspensas por suspeita de revender bebidas com teor alcoólico acima do permitido ou sem procedência clara. Produtos foram apreendidos para análise.
Beco do Espeto — Itaim Bibi, São Paulo (capital)
O conhecido bar na zona sul chegou a ser interditado, mas teve a decisão suspensa temporariamente por medida judicial. No entanto, segue proibido de vender destilados até a conclusão das investigações.
Bar e Restaurante Ministrão — Jardins, São Paulo (capital)
Em área nobre da cidade, o restaurante foi fechado após fiscais identificarem bebidas com características suspeitas. A equipe coletou amostras que estão sendo examinadas em laboratório.
Torres Bar — Mooca, São Paulo (capital)
Estabelecimento tradicional na zona leste da cidade, o bar foi interditado por tempo indeterminado após a constatação de bebidas possivelmente adulteradas no estoque.
Adega Fim de Semana — M'Boi Mirim, São Paulo (capital)
Comércio localizado na zona sul, a adega está entre os principais alvos da operação, uma vez que já havia sido citada em denúncias anteriores por venda de produtos alcoólicos a preços muito abaixo do mercado.
Empório Santos — Cidade Dutra, São Paulo (capital)
O empório teve suas atividades suspensas para investigação, com destaque para a comercialização de bebidas sem rotulagem adequada ou com sinais de falsificação.
Adega do Lelê — Osasco (Grande SP)
O local foi interditado após relatos de consumidores com sintomas de intoxicação após consumir bebidas adquiridas no estabelecimento. Amostras foram enviadas para análise pericial.
Adega Los Hermanos — Osasco (Grande SP)
Outra adega da cidade de Osasco entrou na lista de interdições, reforçando os indícios de que a região pode estar sendo abastecida por um distribuidor irregular ou adulterador em larga escala.
Villa Jardim — São Bernardo do Campo (ABC Paulista)
Com foco em eventos e festas, o espaço foi interditado por suspeita de oferecer bebidas irregulares durante eventos fechados. Clientes relataram sintomas após o consumo.
Brasil Excellance Comercial Distribuidora de Bebidas — Barueri (Grande SP)
Distribuidora que abastece diversos pontos comerciais da região metropolitana, teve a inscrição estadual suspensa preventivamente e atividades paralisadas por tempo indefinido.
Além das interdições, o governo estadual determinou a suspensão da inscrição estadual de seis distribuidoras e dois bares, o que impede que essas empresas emitam notas fiscais e, portanto, atuem regularmente no comércio de bebidas alcoólicas.
A medida é parte do esforço do estado para romper a rede de adulteração e venda ilegal, que pode incluir falsificação de rótulos, reenvase clandestino e adição de substâncias tóxicas, como o metanol.
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