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Relembre a febre do autobol, o futebol em que os onde os craques eram os automóveis

Reviva a febre do autobol: descubra como e onde nasceu o futebol entre automóveis, jogado em estádios e transmitido pela TV nos anos 1960

29 nov 2025 - 12h00
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No início dos anos 1990, o Brasil viveu uma fase marcada por inovações esportivas e experimentos curiosos. Entre as iniciativas que mais chamaram atenção, o autobol ganhou destaque rapidamente. Essa modalidade, que reuniu carros e futebol em um mesmo campo, atraiu milhares de espectadores e virou sensação da época.

O autobol nasceu em Brasília em 1989, idealizado por um grupo de entusiastas automotivos e promotores esportivos. Eles buscavam criar entretenimento fora do tradicional, transformando partidas convencionais em duelos inovadores. Em vez de atletas correndo, veículos adaptados disputavam o domínio da bola em arenas lotadas e cobertas pela poeira da velocidade.

Autobol – Reprodução
Autobol – Reprodução
Foto: Giro 10

Como surgiu o autobol e onde ele foi praticado?

O conceito partiu do interesse em unir a paixão nacional pelo futebol com o fascínio crescente por automóveis na virada do milênio. Brasília foi o laboratório das primeiras partidas, utilizando estádios como o Mané Garrincha, onde o espaço amplo permitia a atuação dos utilitários. Outros estados aderiram, e partidas aconteceram também em Goiânia e Belo Horizonte.

A forma como o autobol se estruturou foi simples, mas eficaz. A organização previa times com três a cinco carros, geralmente Fuscas e outros modelos populares da época. Os veículos recebiam grades de proteção para evitar danos, e os motoristas precisavam de habilidade, senso de equipe e extrema cautela no volante.

O autobol teve transmissão na televisão?

Asim, as emissoras enxergaram no autobol uma oportunidade interessante. Redes como Manchete e Globo transmitiram partidas ao vivo, atraindo telespectadores curiosos pelo espetáculo diferenciado. Notícias exibidas nos principais telejornais atraiam patrocinadores e ajudavam a fortalecer a imagem do evento nacionalmente.

Dessa forma, os horários reservados para as partidas ocupavam espaços importantes na grade, disputando audiência com jogos tradicionais e programas populares. Por vezes, o autobol superava expectativas de público, sobretudo em finais ou confrontos patrocinados por grandes empresas automobilísticas.

Como funcionavam as regras e quais eram os maiores desafios?

As regras do autobol mostravam inspiração clara no futebol tradicional, mas foram adaptadas para garantir segurança e competitividade. Cada equipe tinha direito a um goleiro, e os gols só valiam quando a bola, geralmente gigante e de material resistente, atravessava por completo a linha. Faltas e colisões intensas resultavam em punições, e carros danificados saíam de campo imediatamente para evitar acidentes mais graves.

  • Tempo de partida: Dois tempos de 20 minutos, com intervalos para manutenção dos automóveis.
  • Substituições: Permitidas em casos de danos ao veículo ou necessidade de troca de motorista.
  • Penalidades: Desclassificação por jogo brusco ou manobras perigosas.

Por conta do formato, o cuidado com segurança virou prioridade. Embora o espetáculo fosse o principal atrativo, os organizadores precisavam agir rápido para evitar acidentes graves. Equipes de resgate e fiscais faziam parte fixa do evento. Ainda assim, manchetes sobre colisões marcaram o autobol e levantaram discussões sobre os limites do entretenimento.

Por que o autobol deixou de ser popular?

A febre do autobol perdeu força ao longo dos anos 1990. O custo elevado para manter carros preparados, a necessidade de grandes espaços e os desafios relacionados à segurança reduziram o interesse de organizadores e patrocinadores. Com o avanço da tecnologia e o crescimento de novas formas de lazer, o autobol foi gradualmente sumindo das grades de programação.

Apesar do seu desaparecimento, o autobol permanece na memória de quem viu carros e motores virarem protagonistas de lances dentro dos estádios. O esporte inusitado, que transformou torcedores em admiradores da velocidade e habilidade ao volante, ainda desperta curiosidade em muitos brasileiros. O legado do autobol prova como criatividade e paixão movem a história esportiva do Brasil.

autobol – Divulgação
autobol – Divulgação
Foto: Giro 10
Giro 10
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