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Defesa de homem preso por atropelar e arrastar mulher pede sigilo em processo por conta de ameaças

Marcos Leal, que defende Douglas Alves da Silva, afirma que pedido está sendo analisado pela Justiça

4 dez 2025 - 23h02
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O advogado Marcos Leal, que defende Douglas Alves da Silva, preso por tentativa de feminicídio acusado de atropelar e arrastar Tainara Souza Santos por cerca de um quilômetro em São Paulo, está pedindo sigilo no processo - isso porque o suspeito, a família dele e o defensor estariam sofrendo ameaças em virtude do caso, disse o próprio advogado ao Estadão.

O pedido ainda está sendo analisado pela Justiça. Conforme Leal, Douglas estaria recebendo ameaças de outros presos e de pessoas que entram em contato com ele via redes sociais.

O defensor também estaria sendo alvo de críticas e xingamentos, diz. Em uma mensagem que recebeu e mostrada à reportagem, o remetente o ofende e diz que ele não deveria defender Douglas. "Queria ver se fosse a sua filha, seu merda", diz o texto.

Tainara foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro
Tainara foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro
Foto: @taay_souza/Instagram/Reprodução / Estadão

"A sociedade ficou doente. Sou pai de dois filhos. Estou contratando seguranças", afirma Leal. Ele também diz que precisou pedir apoio para a Polícia Militar do Ceará para reforçar a segurança dos pais de Douglas, que também estariam sofrendo com repressão popular. "Eles são idosos, com quase 80 anos de idade. A mãe precisou ser hospitalizada com toda a situação".

No último sábado, 29 de novembro, Tainara foi atropelada na saída de um bar na região da Vila Maria, zona norte de São Paulo. Ela ficou presa embaixo do veículo e foi arrastada por cerca um quilômetro, se desprendendo do automóvel perto de um posto de combustível.

Tainara foi socorrida em estado grave e levada para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli. Aos 31 anos e com duas filhas, ela precisou amputar as duas pernas e segue internada na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos. Segundo a família, o quadro é estável.

Douglas Alves da Silva está preso acusado de tentativa de feminicídio contra Tainara
Douglas Alves da Silva está preso acusado de tentativa de feminicídio contra Tainara
Foto: Reprodução / Estadão

A defesa de Douglas afirma que ele não conhecia a vítima e que teria na verdade tentado acertar o carro em um homem com quem teria brigado no bar e de quem teria ouvido ameaça de morte.

Já os advogados da família e parentes da vítima apontam que Silva já teria tido um relacionamento breve com a jovem no passado e que teria cometido o crime por ciúmes ao vê-la no bar acompanhada de outro homem.

Um amigo de Douglas, que estava no carro com ele, afirmou em depoimento aos investigadores que, após atropelar a vítima, ele chegou a acelerar o carro com o freio de mão puxado para aumentar a pressão do veículo com o chão e ferir ainda mais Tainara.

Douglas Santos foi preso um dia após o crime em um hotel na zona leste da capital. De acordo com a polícia, ele reagiu à abordagem, sofreu um tiro no braço e foi detido na sequência. Conforme as investigações, o rapaz tinha planos de fugir para o Ceará, onde vivem os seus pais.

Ainda de acordo com Marcos Leal, Douglas relatou em audiência de custódia ter sido torturado por agentes e afirmou que teria permanecido com feridas abertas pelo corpo, sem receber atendimento médico adequado.

Questionada sobre as supostas agressões, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que a abordagem "cumpriu todos os requisitos necessários e foi realizada dentro dos parâmetros de legalidade". A Justiça manteve a prisão após audiência de custódia e Douglas se encontra detido no 26° DP, Sacomã, na zona sul da capital.

Estadão
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