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Quaest: 55% apoiam prisão domiciliar de Bolsonaro; 39% rejeitam

25 ago 2025 - 10h09
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Mais da metade dos brasileiros avalia como correta a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que apontou descumprimento de medidas cautelares. Segundo pesquisa Quaest, 55% consideram a medida justa, enquanto 39% a rejeitam e 6% não souberam responder.

Bolsonaro durante interrogatório na 1ª Turma do STF sobre trama golpista
Bolsonaro durante interrogatório na 1ª Turma do STF sobre trama golpista
Foto: Ton Molina/STF / Perfil Brasil

Ao serem perguntados se "a prisão domiciliar de Bolsonaro é justa ou injusta?", 55% responderam justa, 39% injusta e 6% não souberam opinar.

O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre 13 e 17 de agosto.

A prisão foi decretada em 4 de agosto. Moraes entendeu que Bolsonaro violou restrições impostas junto à tornozeleira eletrônica, entre elas a proibição de usar redes sociais.

Quem considera prisão justa e quem rejeita?

O apoio à medida é maior entre eleitores de esquerda que não se declaram lulistas (93%), entre os que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno de 2022 (84%) e em moradores do Nordeste (65%). O índice também é alto entre famílias com renda de até dois salários mínimos (62%), católicos (62%), jovens de 16 a 34 anos (59%), mulheres (58%) e pessoas com até o ensino fundamental completo (56%).

Já a percepção de injustiça predomina entre bolsonaristas (87%), entre eleitores de Bolsonaro no 2º turno de 2022 (83%) e entre evangélicos (57%).

Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, a avaliação positiva da prisão está ligada à percepção de que Bolsonaro participou de uma tentativa de golpe. "O curioso é perceber como ao longo do tempo esses dois lados foram se consolidando", afirma. "Entre eleitores de centro é que se consolida a percepção de envolvimento de Bolsonaro no golpe (58%). Cada um dos lados defende uma posição, mas é o centro que define a vantagem contra a tese de incompreensão do ex-presidente".

Provocação em vídeo

Um dos elementos usados por Moraes para justificar a prisão foram chamadas de vídeo feitas por Bolsonaro em 3 de agosto, durante manifestações em apoio a ele em várias cidades.

Perguntados "por que você acha que Bolsonaro participou da chamada de vídeo?", os entrevistados responderam:

  • Bolsonaro queria provocar Alexandre de Moraes, e fez isso de propósito: 57%

  • Bolsonaro não compreendeu bem as regras impostas por Alexandre de Moraes e errou: 30%

  • Não sabe/Não respondeu: 13%

A pesquisa também mostrou que 84% dos brasileiros já sabiam da prisão domiciliar. Outros 16% disseram que "ficou sabendo agora".

No mesmo levantamento, 52% acreditam que Bolsonaro esteve envolvido em plano para tentar um golpe, contra 49% em março. Já 36% disseram "não" (eram 35% antes) e 10% não souberam responder.

Outro dado aponta que 86% já tinham conhecimento de que Bolsonaro será julgado pelo Supremo em 2 de setembro. Apenas 14% afirmaram que "ficou sabendo agora". Em março, a taxa de pessoas que já sabiam era de 73%.

Perfil Brasil
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