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Prisão de sargento com 39 kg de cocaína repercute no mundo

Meios de comunicação dos Estados Unidos, França, Inglaterra, Espanha e Alemanha destacaram o caso

26 jun 2019 - 17h32
(atualizado às 17h57)
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A imprensa internacional repercute nesta quarta-feira, 26, a prisão de um militar brasileiro que transportava 39 kg de cocaína em um avião que integrava a comitiva do presidente Jair Bolsonaro. O homem, de 38 anos, um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), foi preso no aeroporto de Sevilha, na Espanha, e estava no grupo de 21 militares que dão suporte à viagem presidencial até Tóquio, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20. O presidente não estava no mesmo avião que o militar preso.

O diário Le Monde, um dos principais da França, escreve que essa não era a primeira viagem presidencial do sargento e que a situação dá elementos para a oposição criticar o presidente. "Bolsonaro abalado pelo caso 'Aerococa', depois que 39 kg de cocaína foram encontrados em um avião oficial" foi o título dado pelo diário parisiense.

Militar da comitiva presidencial foi preso com cocaína durante escala de um voo da  Força Aérea Brasileira em Sevilha
Militar da comitiva presidencial foi preso com cocaína durante escala de um voo da Força Aérea Brasileira em Sevilha
Foto: DW / Deutsche Welle

O jornal americano The Washington Post deu ao caso ênfase diferente da dos periódicos britânicos, citando Bolsonaro somente no quarto parágrafo da reportagem e reproduzindo com destaque informações técnicas sobre a apreensão dadas por uma fonte anônima integrante da guarda civil espanhola.

"Cocaína na Espanha coloca Bolsonaro sob tensão" foi o título da publicação inglesa Financial Times, que classificou o caso como "um constrangimento internacional para Bolsonaro" em matéria publicada em seu site. A reportagem diz ainda que "a detenção é um baque para o direitista Bolsonaro, cujo governo está tentando endurecer as leis sobre drogas e tem frequentemente louvado as Forças Armadas".

A revista alemã Der Spiegel também dedicou espaço ao caso em seu site. Em texto curto, apenas relata a situação e cita que o soldado integrava a comitiva do presidente para a viagem ao G-20. "Militar na comitiva presidencial brasileira tinha 39 quilos de cocaína".

Na Espanha, o El País intitulou a reportagem com "Detido em Sevilha um militar da comitiva de Jair Bolsonaro com 39 quilos de cocaína" e explicou que a droga foi encontrada por agentes espanhóis quando o militar brasileiro desceu do avião da FAB com um saco de guardar roupas e uma mala de mão.

Estadão
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