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PM que atirou em homem algemado alegou legítima defesa, mas omitiu algemas em depoimento

No relato, o policial alegou ter reagido a um suposto ataque à faca por parte da vítima, o que, segundo ele, justificaria os disparos

17 jul 2025 - 12h08
(atualizado às 12h11)
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O policial militar Emerson Brião, flagrado em vídeo atirando duas vezes contra um homem já algemado e com as mãos para trás, afirmou à Polícia Civil, no mesmo dia do incidente, que os disparos foram feitos em legítima defesa. O caso ocorreu em 4 de março, quando Geovane Matias Maciel, alvo de um mandado de prisão preventiva, foi morto após ser baleado quatro vezes — dois tiros antes do início da gravação e outros dois já imobilizado.

O depoimento de Brião à Polícia Civil foi registrado em vídeo e durou dois minutos e 51 segundos. No relato, o policial alegou ter reagido a um suposto ataque à faca por parte da vítima, o que, segundo ele, justificaria os disparos. No entanto, em momento algum da gravação o soldado mencionou que Geovane já estava algemado quando foi atingido pelos dois últimos tiros, circunstância que veio à tona com a divulgação das imagens.

A gravação, que circulou nas redes sociais e gerou forte repercussão, mostra Geovane com as mãos para trás, aparentemente contido, no momento em que é atingido pelos disparos. A omissão desse detalhe no depoimento inicial do policial levanta dúvidas sobre a versão apresentada e reforça a necessidade de uma apuração rigorosa dos fatos.

O caso é investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, e também é acompanhado pela Corregedoria da Brigada Militar. A divulgação do vídeo provocou indignação pública e reações de entidades de direitos humanos, que cobram responsabilização do agente envolvido.

A conduta do soldado Brião e a omissão de informações relevantes no primeiro depoimento aumentam a pressão por transparência nas investigações e por medidas contra abusos praticados por agentes de segurança. O andamento do caso deve esclarecer se houve excesso na ação policial e se a alegação de legítima defesa se sustenta diante das evidências registradas em vídeo.

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