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Páscoa: qual sua verdadeira origem e significado

Celebração cristã surgiu na tradição judaica e sofreu influências de povos pagãos ao longo do tempo

3 abr 2023 - 11h29
(atualizado em 28/2/2024 às 16h43)
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Resumo
A Páscoa é uma das festas mais importantes do calendário cristão, que tem origens judaicas e pagãs. Ocasionada para relembrar a libertação do povo hebreu do Egito e a ressurreição de Cristo, a data é definida pelo ciclo lunar e equinócio da primavera. Na Quaresma, os cristãos se preparam espiritualmente para a Páscoa celebrando o Domingo de Ramo, Última Ceia, Crucificação e Ressurreição de Jesus

A Páscoa é uma das festas mais importantes do calendário cristão, celebrada em todo o mundo com grande fervor e significado. No entanto, por trás dos ovos de chocolate e dos coelhinhos, há uma história rica e complexa que remonta a milhares de anos.

A Páscoa surgiu na tradição judaica e tem influências de culturas pagãs -
A Páscoa surgiu na tradição judaica e tem influências de culturas pagãs -
Foto: Shutterstock / Alto Astral

A data que celebra a ressurreição de Jesus é mais antiga que o próprio Cristo e tem origem judaica, com influências também de povos pagãos. Abaixo, você confere como surgiu a Páscoa e seus significados.

Qual a verdadeira origem da Páscoa?

A Páscoa cristã surgiu a partir de uma celebração que acontece entre os judeus, chamada pessach (passagem, em hebraico). Ela relembra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito, por volta de 1.300 a.C., e é celebrada de acordo com o calendário judeu.

A Páscoa comemorada pelos cristãos no Brasil, como católicos e evangélicos, por outro lado, relembra a crucificação, morte e ressurreição de Cristo. A ressurreição do mártir é um dos principais pilares da fé cristã, o que evidencia a importância dessa festividade para a religião. 

Na celebração da Igreja Católica, a Páscoa encerra o período da Quaresma, em que os católicos se dedicam à penitência em preparação para a Páscoa. A última semana desse período é conhecida como Semana Santa e inicia-se com o Domingo de Ramos, que recorda a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém.

Origem pagã 

O cristianismo, durante o processo de conversão de povos germânicos pagãos, apropriou-se de diversos elementos da cultura desses povos. Por isso, a Páscoa, principalmente no hemisfério norte, possui algumas associações com tradições pagãs. 

Alguns historiadores relacionam a festividade com o culto à Eostre, deusa da primavera, da fertilidade e do renascimento. Também conhecida como Ostara, seu nome é a origem da palavra Páscoa em inglês, "Easter". 

As festas que ocorriam entre povos germânicos e celtas para essa deusa eram realizadas na mesma época da Páscoa. Com a cristianização desses povos, a tradicional festa pagã incorporou-se à comemoração cristã.

Também se atribui a ela os ovos e o coelho, grandes símbolos da Páscoa, mas que para as pessoas que cultuavam Ostara significava fertilidade e esperança na vida que viria com a primavera. Por isso, elas trocavam ovos decorados e também escondiam alguns para depois achá-los — tradição ainda presente nos dias atuais.

Como surgiu a Páscoa na Bíblia?

A Páscoa é citada na Bíblia como a libertação do povo judeu da escravidão no Egito, a pessach. Essa história é narrada nos cinco primeiros livros da Bíblia, “Pentateucos”, principalmente em Êxodo capítulo 12.

A transição da Páscoa como uma celebração da libertação do povo hebreu do Egito para o significado da ressurreição de Cristo para os cristãos ocorreu ao longo dos séculos, marcando um desenvolvimento na compreensão teológica e na prática litúrgica da igreja.

Com o tempo, especialmente após a consolidação do cristianismo como religião oficial do Império Romano no século IV, a Páscoa cristã assumiu uma maior ênfase na ressurreição de Cristo e sua importância central para a fé cristã. As práticas litúrgicas e os símbolos associados à Páscoa foram gradualmente moldados para refletir essa nova ênfase.

Como é definida a data da Páscoa?

A data da Páscoa muda todos os anos devido a um cálculo baseado nas fases da Lua e tradições eclesiásticas. Ao contrário de outras festas cristãs, como o Natal, que é celebrado na mesma data todos os anos, a Páscoa é uma festa móvel que pode cair em datas diferentes a cada ano.

A data da Páscoa é determinada pelo ciclo lunar e pelo equinócio da primavera, no Hemisfério Norte, ou equinócio de verão, no Hemisfério Sul. 

Seguindo uma tradição estabelecida no Primeiro Concílio de Niceia, em 325 d.C., a Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre após o equinócio da primavera no hemisfério norte. Este equinócio ocorre em torno de 20 ou 21 de março.

Como o ciclo lunar não coincide perfeitamente com o ciclo solar de 365 dias, e porque o ano litúrgico é baseado no calendário solar, a data da Páscoa pode variar de ano para ano. Este sistema de cálculo é conhecido como o "cômputo eclesiástico" e é utilizado pelas igrejas cristãs para determinar a data da Páscoa.

Portanto, a Páscoa pode cair em qualquer domingo entre 22 de março e 25 de abril, o que explica por que a data da Páscoa muda a cada ano. Em 2024, a Páscoa será celebrada no dia 31 de março.

Quaresma e a Páscoa

A Quaresma é o período de 40 dias que antecede a Páscoa e é um tempo de preparação espiritual, reflexão e penitência para os cristãos. Ela começa um dia depois do Carnaval, na Quarta-Feira de Cinzas.

Durante a Quaresma, os fiéis são convidados a se absterem de certos prazeres e a se concentrarem na oração, no jejum e na caridade como uma preparação para celebrar a Páscoa.

Semana Santa

A Semana Santa é o período que inclui os últimos dias de Jesus Cristo antes da sua crucificação e ressurreição, e é uma parte integrante da Quaresma.

A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que marca a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e continua com eventos como a Última Ceia na Quinta-feira Santa, a crucificação de Jesus na Sexta-feira Santa e sua ressurreição no Domingo de Páscoa

Alto Astral
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