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O que se sabe sobre o ataque a membros da Guarda Nacional nos EUA

Homem disparou contra dois soldados americanos a poucos metros da Casa Branca. Suspeito é afegão de 29 anos e está sob custódia

27 nov 2025 - 06h25
(atualizado às 08h06)
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Soldados da Guarda Nacional são baleados em ataque próximo à Casa Branca nos EUA:

Os Estados Unidos anunciaram a suspensão de todos os pedidos de imigração de cidadãos do Afeganistão, depois de um afegão ter sido identificado como suspeito do ataque a dois membros da Guarda Nacional em Washington nesta quarta-feira (26/11), a poucos metros da Casa Branca.

Ao menos um dos soldados teria revidado o ataque. Segundo o governo americano, o suspeito ficou gravemente ferido e está sob custódia. Os soldados estão internados em dois hospitais da capital americana, em estado estável, porém crítico.

Vítimas são membros da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental
Vítimas são membros da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental
Foto: DW / Deutsche Welle

Após o incidente, o presidente americano, Donald Trump , endureceu a retórica anti-imigração em relação aos cidadãos afegãos e classificou o ataque como "um ato de terror".

A seguir, um resumo do que se sabe sobre o caso.

O que ocorreu

Segundo as autoridades, um homem abriu fogo na tarde de quarta-feira (horário local) no centro da capital Washington contra dois membros da Guarda Nacional. Os disparos ocorreram a apenas dois quarteirões a noroeste da Casa Branca, perto de uma estação de metrô.

O vice-chefe de polícia de Washington, Jeffery Carroll, afirmou que o agressor "virou a esquina" e imediatamente atirou nos guardas, conforme mostra um vídeo analisado pelos investigadores. Em coletiva de imprensa, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, classificou o ataque como "deliberado".

De acordo com a mídia americana, pelo menos uma das vítimas revidou os tiros. Outras forças de segurança que ouviram os disparos correram para o local e conseguiram dominar o suspeito após ele ser baleado, informou Carroll.

Ambos os soldados estavam armados no momento do ataque e até agora não foram confirmados detalhes sobre como e quem revidou os disparos.

Quem é o suspeito

O suspeito é R. L, um cidadão afegão de 29 anos que entrou nos Estados Unidos em 2021 com um visto especial, informaram as redes de televisão CBS e CNN. Segundo a polícia, ele foi preso e está sendo tratado em um hospital, mas não corre risco de morte. O FBI investiga o caso como um possível atentado terrorista. As autoridades acreditam que ele tenha agido sozinho.

A emissora Fox News noticiou que o suspeito trabalhou com com o exército americano e a Agência Central de Inteligência (CIA) no Afeganistão, chegando aos Estados Unidos um mês após a retirada abrupta das forças americanas do país asiático.

Citando o diretor da CIA, John Ratcliffe, a Fox informou que o suspeito atuou com os Estados Unidos em Kandahar, no sul do Afeganistão, onde se localizava uma das maiores bases militares americanas.

Trump culpou diretamente Joe Biden pelo incidente, alegando que o suspeito entrou no país ao abrigo de um programa que procurava acolher afegãos após o regresso do talibã ao poder. "Temos agora de voltar a examinar todos os estrangeiros que entraram no nosso país vindos do Afeganistão", disse Trump em um vídeo oficial divulgado pela Casa Branca.

O secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, anunciou o envio de 500 soldados adicionais para a capital americana, elevando o total para mais de 2.500.

Quem são os soldados feridos

As duas vítimas são membros da Guarda Nacional do estado da Virgínia Ocidental e faziam parte da operação ordenada por Trump na capital americana. As autoridades ainda não divulgaram detalhes sobre as identidades dos dois.

O FBI e a prefeita de Washington informaram que os guardas estão em "estado crítico", internados em dois hospitais diferentes da cidade. Antes disso, houve confusão: o governador da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, chegou a publicar nas redes sociais que as vítimas haviam morrido, mas depois afirmou que havia "informações contraditórias".

Por que a Guarda Nacional está em Washington

Desde o verão no hemisfério norte, mais de 2.000 membros da Guarda Nacional estão em operação em Washington. Trump ordenou a mobilização em agosto, justificando a medida devido a uma suposta escalada na criminalidade - embora as estatísticas não confirmem a alegação e tanto a prefeita de Washington quanto a polícia tenham se manifestado contra o envio das tropas.

A Guarda Nacional patrulha bairros residenciais, estações de trem e outros locais, atua em postos de controle nas rodovias e até foi designada para coleta de lixo e vigilância em eventos esportivos.

Na semana passada, uma juíza federal ordenou o fim da operação, mas suspendeu a decisão por 21 dias para dar tempo ao governo Trump de retirar os guardas ou recorrer da sentença.

le/cn (reuters, efe, lusa, dw, ots)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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