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O que a lei diz sobre casa construída em terreno de outra pessoa? Veja quem perde e quem ganha

Entenda os direitos de quem constrói casa em terreno alheio, como evitar prejuízos e regularizar a situação diante da legislação brasileira.

11 set 2025 - 08h34
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Construir uma casa em terreno de outra pessoa parece, à primeira vista, uma questão simples, mas envolve complexidades jurídicas e surpresas que podem mudar totalmente o destino do imóvel. No contexto urbano brasileiro, essa situação é mais comum do que se imagina, seja por desconhecimento, confiança excessiva ou disputas familiares.

Quais são os direitos sobre uma casa construída no terreno de outra pessoa?
Quais são os direitos sobre uma casa construída no terreno de outra pessoa?
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil / Portal de Prefeitura

Como esse impasse costuma surgir

Vários motivos levam alguém a levantar uma construção em terreno alheio: uso de áreas de herança antes da partilha, acordos verbais entre parentes, ocupações antigas ou até simples erro ao interpretar limites e escrituras. Essa conduta pode parecer inofensiva no início, mas tende a gerar conflitos na hora de vender, herdar ou dividir o patrimônio.

De quem é a casa e de quem é o terreno?

Segundo o Código Civil brasileiro, quem é dono do terreno normalmente tem direito também ao que nele for construído, aplicando-se o princípio da "acessão". Ou seja, casa e terreno, juridicamente, formam um mesmo bem. No entanto, a situação pode mudar caso o construtor atue de boa-fé ou tenha autorizações documentais.

O efeito da boa-fé na justiça

Se quem constrói a casa desconhecia que o terreno era de outro ou acreditava estar de acordo com as regras, é possível acionar a justiça para discutir indenização ou direito de permanecer no local. A boa-fé é fator relevante e pode garantir compensações ao responsável pela obra.

E quando há autorização?

Se o dono do terreno permite a construção, mas depois deseja reaver o espaço, será obrigado a indenizar o valor da edificação ou devolver recursos investidos pelo construtor, respeitando o acordo estabelecido e eventuais documentos firmados entre as partes.

Como a justiça decide conflitos desse tipo

Tradicionalmente, o Poder Judiciário busca soluções que evitem enriquecimento indevido. O proprietário do lote pode pleitear a incorporação da construção, porém, quase sempre terá que arcar com indenizações proporcionais ao valor da casa, salvo se provar má-fé do construtor.

O que acontece em caso de má-fé

Construções feitas deliberadamente em área alheia, sem qualquer acordo ou tentativa de regularização, têm poucas chances de ser protegidas pela lei. O responsável corre o risco de ter que demolir a obra, perder todo o investimento e, em certos casos, ainda responder judicialmente.

Possibilidades de regularização

Existem formas legais para quem deseja manter a casa construída em terreno de terceiros, como a usucapião ou acordos extrajudiciais. Regularizar a documentação, pagar impostos e negociar diretamente com o proprietário do lote são caminhos possíveis para evitar prejuízos futuros.

Atenção ao registrar e transferir imóveis

Somente construções devidamente legalizadas podem ser vendidas, financiadas ou herdadas sem riscos. A regularização é fundamental para proteger direitos familiares e garantir segurança patrimonial em longo prazo.

Casos recorrentes no Brasil

Disputas desse tipo são constantes em áreas de expansão urbana, loteamentos e propriedades rurais. Muitas vezes, antigos ocupantes e herdeiros descobrem, tardiamente, que moram ou investiram dinheiro em terrenos alheios, tornando a resolução mais complexa.

Como agir para não perder tudo

O segredo é nunca confiar apenas em acordos verbais e, sempre que possível, consultar advogado especializado em direito imobiliário. Certifique-se de ter os documentos em ordem e, se necessário, busque regularizar a situação antes mesmo de pensar em construir.

Não se arrisque

Construir em terreno de outra pessoa é arriscado, mas a lei prevê meios de compensar quem agiu com boa-fé e regularizar o imóvel. Informação, diálogo e documentação correta são as principais chaves para evitar prejuízos e garantir que, no fim, quem investiu fique em vantagem.

Portal de Prefeitura
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