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Mundo

'Xenofobia na Europa é preocupante', afirma papa Francisco

Líder disse que sentimento é criado por 'políticas inadequadas'

22 set 2017 - 11h20
(atualizado às 11h22)
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"Não escondo a minha preocupação com esses sinais de intolerância, discriminação e xenofobia que aparecem em várias regiões da Europa. Isso nada mais é que temor, medo, do diferente, do estrangeiro", comentou o argentino Jorge Mario Bergoglio
"Não escondo a minha preocupação com esses sinais de intolerância, discriminação e xenofobia que aparecem em várias regiões da Europa. Isso nada mais é que temor, medo, do diferente, do estrangeiro", comentou o argentino Jorge Mario Bergoglio
Foto: Reuters

O papa Francisco disse nesta sexta-feira (22) que está "preocupado" com o aumento da intolerância, da discriminação e da xenofobia na Europa. O líder católico apontou o "despreparo das sociedades" e as "políticas nacionais inadequadas" como os principais causadores desses sentimentos.

"Não escondo a minha preocupação com esses sinais de intolerância, discriminação e xenofobia que aparecem em várias regiões da Europa. Isso nada mais é que temor, medo, do diferente, do estrangeiro", comentou o argentino Jorge Mario Bergoglio, em uma audiência no Vaticano com diretores nacionais de pastorais de imigrantes. "Preocupa-me ainda mais o fato da nossa comunidade católica na Europa não estar isenta dessas reações de defesa e rejeição, justificadas por um 'dever moral' de conservar a identidade cultural e religiosa originais", apontou o Papa.

De acordo com Francisco, essa situação é gerada por um "momento histórico de crise econômica, que deixou feridas profundas, e agravada por um despreparo da sociedade em acolher imigrantes, com políticas nacionais inadequadas". Mesmo assim, Bergoglio reforçou o pedido que faz desde 2013, quando foi eleito Papa, para que as comunidades católicas e líderes políticos promovam o acolhimento de estrangeiros e sua integração social. "O verbo 'acolher' se traduz em vários outros verbos, como ampliar vias legais e seguras de entrada nos países, oferecer assistência básica inicial adequada e decoroso, e assegurar a segurança pessoal de cada um", comentou. 

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