Trump diz que EUA abateram 'barco de transporte de drogas' ligado à Venezuela
Apesar da declaração, presidente dos Estados Unidos não deu maiores detalhes sobre a suposta operação militar
Trump afirmou que os EUA abateram um barco de transporte de drogas supostamente ligado à Venezuela, sem dar detalhes sobre a operação, em meio a tensões com o governo de Maduro.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na tarde desta terça-feira, 2, que as forças dos EUA 'abateram' o que ele descreveu como um 'barco de transporte de drogas' ligado à Venezuela. Em uma publicação nas redes sociais, o republicano afirmou que 11 integrantes do cartel Tren de Aragua foram mortos durante a ação, executada em águas internacionais.
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A declaração de Trump se deu em uma entrevista coletiva a jornalistas na Casa Branca, em Washington D.C.: "Nos últimos minutos, nós abatemos um barco, um barco carregado de drogas. (...) E há mais de onde veio esse barco, há muitas drogas entrando em nosso país, e este saiu da Venezuela".
Horas após o anúncio, Trump falou sobre a operação em sua plataforma, a Truth Social. Em uma publicação, o presidente confirmou que as Forças Armadas dos EUA conduziram o ataque contra a embarcação, após especialistas confirmaram que os tripulantes eram membros da organização criminosa venezuelana.
"O ataque ocorreu enquanto os terroristas estavam em águas internacionais, transportando drogas ilícitas a caminho dos Estados Unidos. O ataque resultou em 11 terroristas mortos. Nenhum militar americano ficou ferido. Que isso sirva de aviso para qualquer um que pensar em trazer drogas aos EUA", declarou.
O anúncio se dá em meio à crescente crise entre Washington D.C. e Caracas. Na última terça-feira, 26, o governo de Nicolás Maduro anunciou que drones e navios da Marinha fariam patrulhas nas fronteiras.
As autoridades venezuelanas também informaram a mobilização de 15 mil agentes de segurança para a fronteira com a Colômbia para operações antidrogas. O ditador Nicolás Maduro diz que a movimentação americana é uma "escalada de ações hostis".
Já a administração de Donald Trump, por sua vez, sustenta que realizará operações contra o narcotráfico internacional, sem mencionar a possibilidade de invadir a Venezuela.
A mobilização dos EUA de três destróieres lança-mísseis e 4 mil fuzileiros navais, aos quais se somam outros dois navios, coincide com o aumento da recompensa para 50 milhões de dólares (R$ 270 milhões) pela captura de Maduro e a designação do chamado Cartel de los Soles como organização terrorista. Washington também acusa Maduro de ser o chefe do cartel de drogas.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, anunciou em um vídeo nas redes sociais um "importante desdobramento de drones com diferentes missões" e "percursos fluviais com infantaria da Marinha" no noroeste da Venezuela.
"Patrulhas navais no lago de Maracaibo, patrulhas navais no golfo da Venezuela e navios de maior porte mais ao norte em nossas águas territoriais", acrescentou.
