Trump diz não ser amigo de Bolsonaro, mas volta a defender ex-presidente e atacar STF
Presidente norte-americano disse que ex-presidente é um homem respeitado" e que "não é desonesto”
Donald Trump defendeu Jair Bolsonaro, chamando-o de "respeitado" e criticando o STF por uma suposta "caça às bruxas", mas afirmou que não é amigo do ex-presidente brasileiro.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira, 15, um dia após o pedido de condenação apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado.
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Em uma breve declaração a repórteres na saída da Casa Branca, em Washington, Trump voltou a afirmar que o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) seria uma “caça às bruxas” e disse, apesar de sair em sua defesa, que o ex-presidente “não é como se fosse amigo” dele, mas alguém que ele conhece.
“Ele não é como se fosse meu amigo. Ele é alguém que eu conheço. Sei que ele representa milhões de brasileiros, são ótimas pessoas, ele ama o país e lutou muito por essas pessoas. E eles querem prendê-lo. Acho que isso é uma caça às bruxas e acho muito lamentável”, disse Trump na Casa Branca.
O parecer assinado por Paulo Gonet pede a condenação dos oito réus do "núcleo crucial" , inclusive de Bolsonaro. Segundo o relatório, o ex-presidente foi o "principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito".
Gonet afirma ainda que há "evidências claras" de que Bolsonaro liderou a "organização criminosa" que tentou impedir a transição de poder após as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso o réu seja condenado por todos os delitos, a pena de Bolsonaro pode chegar a 43 anos de prisão.
Para Trump, no entanto, Bolsonaro é "um homem respeitado" e que "não é desonesto". Na coletiva, após sair em defesa do presidente, o republicano lembrou também das tarifas impostas ao Brasil. Na últtima quarta-feira, 9, Trump anuncio que a partir de 1º de agosto todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos serão taxados em 50%. (*Com informações do Estadão e Ansa)
