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Trump diz ter certeza que Kim "não quer decepcionar seu amigo, o presidente Trump!"

2 ago 2019 - 12h32
(atualizado às 19h08)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou novamente nesta sexta-feira minimizar os lançamentos de três mísseis de curto alcance pela Coreia do Norte nos últimos oito dias, dizendo que o país asiático não quebrou nenhum acordo feito entre os Estados Unidos e Kim Jong Un e que o líder norte-coreano não queria decepcioná-lo.

President dos EUA, Donald Trump, e líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, se reúnem na Zona Desmilitarizada entre as duas Coreais
30/06/2019
REUTERS/Kevin Lamarque
President dos EUA, Donald Trump, e líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, se reúnem na Zona Desmilitarizada entre as duas Coreais 30/06/2019 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Em uma referência aparente à promessa de Kim de não retomar os testes de mísseis balísticos intercontinentais e bombas nucleares, paralisados desde 2017, Trump disse no Twitter: "O presidente Kim não quer me decepcionar com uma quebra de confiança."

"Há muito em jogo para a Coreia do Norte - o potencial como país, sob a liderança de Kim Jong Un, é ilimitado. Também há muita coisa a se perder", disse Trump, que tomou uma postura de elogiar Kim, embora ainda mantenha sanções rígidas sobre o país de governo totalitário.

Ressaltando a simpatia pessoal que ele diz ter construído com Kim em três encontros desde junho do ano passado, Trump disse: "Ele fará a coisa certa por que ele é muito inteligente para não fazê-la, e ele não quer decepcionar seu amigo, o presidente Trump!"

Apesar das palavras, a Coreia do Norte constrangeu o presidente norte-americano ao conduzir testes de mísseis embora Kim tenha concordado em uma reunião no dia 30 de junho em retomar as negociações sobre desnuclearização.

As conversas ainda não foram retomadas, e analistas acreditam que os testes são desenvolvidos tanto para aprimorar as capacidades militares da Coreia do Norte quanto para pressionar o governo de Washington a oferecer mais concessões.

Uma cúpula entre Trump e Kim no Vietnã em fevereiro foi abruptamente encerrada após eles fracassarem em reconciliar as diferenças entre as exigências dos Estados Unidos para que a Coreia do Norte complete sua desnuclearização e as demandas de Pyongyang para o alívio das punições e sanções aplicadas pelos norte-americanos.

Trump disse nesta sexta-feira que os testes de projéteis de curto alcance "poderiam ser uma violação a diretrizes da ONU", mas que ele e Kim nunca haviam discutido tais mísseis.

Os mísseis de curto alcance da Coreia do Norte não representam uma ameaça ao território dos Estados Unidos, mas podem colocar em risco o Japão e a Coreia do Sul, aliados de Washington, e os milhares de militares norte-americanos na região.

Os testes de tais mísseis violam uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de 2006, que exige que a Coreia do Norte suspenda todas as atividades relacionadas ao programa de mísseis balísticos.

O Ministério das Relações Exteriores norte-coreano disse que Pyongyang sempre rejeitou resoluções da ONU "ilegalmente fabricadas". A decisão de suspender os testes nucleares e mísseis balísticos foi tomada por "boa vontade e consideração a um parceiro de diálogo", disse nota do ministério.

A Coreia do Norte criticou o Reino Unido, a França e a Alemanha, que emitiram comunicado após uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira exigindo que a Coreia do Norte participe de negociações "significativas" com os Estados Unidos e disse que as sanções devem ser completamente aplicadas até que Pyongyang desmonte seus programas nucleares e de mísseis balísticos.

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