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Sob tensão, eleições nos EUA devem bater recorde de votos

Pesquisas mostram Biden na frente, mas Trump diz que vencerá

3 nov 2020 - 08h41
(atualizado às 14h26)
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Nas eleições presidenciais mais tensas dos últimos anos, os norte-americanos escolhem nesta terça-feira (3) se o republicano Donald Trump continua no cargo ou se optam por uma mudança elegendo o democrata Joe Biden.

O "Election Day" marca o fim das votações presenciais, mas promete não ser o último da batalha eleitoral caso Trump perca. Isso porque o republicano, que conta com a maioria absoluta na Suprema Corte, já ameaçou judicializar os resultados caso não vença ou haja problemas na computação dos votos por correios.

Marcada por uma forte polarização nacional, a data ainda promete bater um recorde histórico no número de eleitores - considerando os dados das votações antecipadas. Especialistas apontam que mais de 150 milhões devem ir às urnas, na maior afluência desde 1908. Em percentual, isso representa pouco mais de 65% das pessoas aptas ao voto no país.

Segundo o portal US Elections Projects, até às 8h desta terça, quase 100 milhões de eleitores já votaram antecipadamente: foram 99.657.079 votos recebidos, sendo pouco mais de 35,7 milhões de votos pessoais e o restante por correios. Para se ter uma ideia da quantidade de eleitores, no último pleito, em 2016, cerca de 120 milhões de pessoas votaram.

O site Real Clear Politics, que soma e faz uma média de todas as pesquisas eleitorais do país, aponta uma ampla vantagem nacional de 6,7% para Biden. No entanto, como nos Estados Unidos as eleições não são diretas, mas sim através de maioria no Colégio Eleitoral, ainda não se pode prever com certeza uma vitória do democrata.

Nos chamados estados-pêndulos, locais que variam seus votos a cada eleição entre republicanos e democratas, a vantagem de Biden é bem menor, de 2,3% segundo o Real Clear Politics. A primeira cidade a anunciar os resultados oficiais será a pequena Dixville Notch, em New Hampshire, quase na fronteira com o Canadá.

- Campanha alterada por pandemia:

A campanha eleitoral de 2020 foi marcada por uma troca de ataques constante e as ameaças frequentes de Trump de não confirmar os resultados das urnas. Se no início do ano a vitória do republicano era dada como certa, a pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 mudou completamente o cenário.

Com uma postura negacionista no início e de constante contradição, Trump foi perdendo a liderança nas pesquisas. Por conta de ser um moderado, Biden foi assim avançando e atacando o republicano, justamente, por sua postura errática durante a crise sanitária.

Os EUA são os que mais registram casos de Covid-19 (9.293.284) e mortes (231.566) no mundo e, nas últimas semanas, vêm batendo recordes quase diários nos contágios. .

Ansa - Brasil   
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