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Saudação de Elizabeth II traz de volta rei 'simpático' a Hitler

18 jul 2015 - 12h11
(atualizado às 19h06)
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O polêmico vídeo obtido pelo jornal britânico , que mostra a rainha Elizabeth II fazendo a saudação nazista em 1933, quando tinha apenas sete anos, não deverá causar grandes problemas para a soberana. Mas certamente não é o que se pode chamar de boa publicidade para a Casa de Windsor.

Eduardo VIII (ao centro) posa ao lado de Adolph Hitler durante visita à Alemanha, em 1937
Eduardo VIII (ao centro) posa ao lado de Adolph Hitler durante visita à Alemanha, em 1937
Foto: BBC

Sobretudo porque a divulgação das imagens volta a lançar luz sobre o polêmico relacionamento de outro soberano do Reino Unido com o regime de Adolph Hitler: o rei Eduardo VIII, que estava no vídeo, justamente ao lado da então princesa Elizabeth - Eduardo VIII era o então herdeiro do trono.

O publicou reportagem sobre o vídeo de 1933 em sua primeira página na edição deste sábado. Porta-vozes da família real britânica criticaram o que consideraram informações "fora de contexto".

Exílio

Mais conhecido por conta da decisão de abdicar do trono britânico em dezembro de 1936, o rei (e depois duque) nutria, segundo historiadores, certa simpatia pela ascensão do fascismo na Alemanha, o que ainda é uma fonte de embaraço para a família real.

Tio de Elizabeth, Eduardo VIII ficou apenas 11 meses em posse da coroa: envolvido com Wallis Simpson, um plebeia americana divorciada, ele se viu sob imensa pressão do establishment britânico para que fizesse uma "escolha de Sofia". Abdicou e ganhou o título de Duque de Windsor.

Mesmo antes de ascender ao trono, porém, ele já exibia alguma simpatia pelo regime alemão, como ficou sugerido pelo vídeo de 1933. Para alguns historiadores, Eduardo via nos nazistas uma bastião na luta contra o comunismo. E em 1937, contrariando as recomendações do governo britânico, o duque e a esposa fizeram uma visita à Alemanha em que foram vistos fazendo a saudação nazista, além de fotografados ao lado de Hitler.

Três anos mais tarde, quando Eduardo ocupava o cargo de governador das Bahamas, então ainda colônia britânica, ele deu uma entrevista para a revista americana em que foi citado defendendo um acordo de paz com a Alemanha e dizendo que "Hitler era o líder certo e lógico para o povo alemão".

O duque tinha sido enviado para o Caribe depois de se recusar a voltar do exílio na França após o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Só voltou atrás depois de muita pressão do governo britânico, em especial do então premiê Winston Churchill.

Depois da guerra, o duque e a duquesa voltaram para a França e viveram lá até 1965, quando o polêmico casal retornou a Londres. Eduardo VII morreu sete anos depois, em decorrência de um câncer na garganta.

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