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Salvini vê eleições europeias como referendo sobre Liga

Di Maio, por sua vez, rebateu e lembrou que Renzi disse o mesmo

12 mai 2019 - 11h05
(atualizado às 14h11)
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O ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, afirmou neste domingo (12), durante um comício eleitoral em Sanremo, que as eleições europeias serão um referendo sobre as políticas do partido ultranacionalista Liga. "26 de maio não é uma eleição europeia, é um referendo entre a vida e a morte, entre o passado e futuro, entre a Europa livre e um Estado Islâmico baseado na precariedade e no medo", ressaltou. Durante o comício, Salvini aproveitou para lançar um apelo aos cidadãos para votarem em seu partido. "Você deve nos ajudar a ir para a Europa e pegar de volta as chaves da nossa casa".

Salvini vê eleições europeias como referendo sobre Liga
Salvini vê eleições europeias como referendo sobre Liga
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    Segundo o vice-premier italiano, "os dados até hoje dizem que 4 em cada 10 italianos não vão votar no dia 26 de maio, mas eles vão para o mar, nas montanhas ou no campo". "Peço que lutem comigo nestes 14 dias para mudar a Europa que entra em nossas lojas nos enchendo de lixo e cancelando nossos produtos e nos deixando sozinhos na luta contra o terrorismo", reforçou. Em resposta, o ministro do Trabalho e vice-premier da Itália, Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), relembrou que o último que falou sobre referendo foi o ex-premier Matteo Renzi e "ele não foi bem". "Eu não desafio os italianos, eu os represento e quero trabalhar para representá-los", disse. Di Maio ainda ressaltou que nas eleições europeias "os italianos terão que escolher entre aqueles que querem manter suspeitos de corrupção nas instituições e quem não; aqueles que diminuem seus impostos em comícios e aqueles que realmente o fazem; aqueles que ajudam as pessoas com o salário mínimo, e aqueles que não querem fazer; que dizem que as mulheres devem ficar em casa para ter mais filhos". Dentro do campo da extrema direita, a Liga tem trabalhado para se tornar o partido mais votado da Itália e o segundo na União Europeia(UE), atrás apenas da União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler da Alemanha, Angela Merkel. As eleições acontecerão entre 23 e 26 de maio.

Ansa - Brasil   
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