PUBLICIDADE

Mundo

Rússia e Ucrânia elevam alerta militar com exercícios de combate

24 nov 2021 - 11h51
Compartilhar
Exibir comentários

A Rússia realizou exercícios militares no Mar Negro, ao sul da Ucrânia, nesta quarta-feira e disse que precisa afiar a prontidão de combate de suas forças convencionais e nucleares por causa da intensificação das atividades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) perto de suas fronteiras.

Caça a jato ucraniano decola durante exercício na região de Mykolaiv, no sul da Ucrânia
23/11/2021 Comando da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia/Handout via REUTERS
Caça a jato ucraniano decola durante exercício na região de Mykolaiv, no sul da Ucrânia 23/11/2021 Comando da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia/Handout via REUTERS
Foto: Reuters

A Ucrânia, que juntamente com os aliados Estados Unidos diz acreditar que a Rússia pode estar preparando uma invasão, realizou seus próprios exercícios perto da fronteira com Belarus.

O aumento das atividades militares dos dois lados ocorre depois de semanas de tensões crescentes que elevam o risco de uma guerra entre os dois vizinhos, embora a Rússia negue intenções agressivas e fontes de inteligência ocidentais tenham dito à Reuters que não consideram uma invasão algo iminente.

Os EUA e a Otan assinalam seu apoio à Ucrânia de maneiras que o governo russo considera provocadoras, o que inclui manobras de navios de guerra no Mar Negro neste mês e a entrega de barcos de patrulha norte-americanos à Marinha ucraniana.

A secretária britânica das Relações Exteriores, Liz Truss, disse à Reuters nesta quarta-feira que seria "um erro grave da Rússia" atacar a Ucrânia.

Caças e navios russos treinaram repelir ataques aéreos a bases navais e reagir com ataques aéreos durante exercícios militares nesta quarta-feira no Mar Negro, relatou a Interfax.

Separadamente, a agência de notícias citou o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, segundo o qual a necessidade de seu país desenvolver mais suas Forças Armadas é ditada pelas "condições militares e políticas complicadas do mundo e pela atividade crescente de países da Otan perto das fronteiras da Rússia".

Ele disse que aumentar as capacidades das Forças Armadas, apoiar a prontidão de combate de forças nucleares e fortalecer o potencial da dissuasão não-nuclear estão entre as prioridades.

Na terça-feira, Shoigu acusou os EUA de ensaiarem um ataque nuclear contra a Rússia com bombardeiros vindos de duas direções diferentes no início deste mês e se queixou de que os aviões se aproximaram demais da divisa russa. O Pentágono disse ter aderido a protocolos internacionais ao realizar o exercício.

Também nesta quarta-feira, a Ucrânia realizou o que classificou de "operação especial" na fronteira com Belarus, incluindo exercícios com drones e manobras militares para unidades antitanque e aerotransportadas.

O país teme que a fronteira com Belarus, uma aliada próxima da Rússia, seja usada para realizar um ataque militar.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade