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Mundo

Relembre 13 sequestros que intrigaram e chocaram o mundo

Japonês, colombiano e até brasileiro estiveram na mira de facções criminosas nos últimos anos

24 set 2014 - 15h10
(atualizado às 15h33)
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Os jihadistas do Estado Islâmico e seus aliados chocaram o mundo ao decapitar quatro de seus reféns nas últimas semanas. Apesar de todas as advertências, o sequestro do guia de montanha francês Hervé Gourdel e do agente humanitário britânico Davis Haines acabaram tendo desfechos trágicos, semelhantes ao dos jornalistas Steven Sotoloff e James Foley e de outras milhares de vítimas de redes terroristas que há décadas cometem atrocidades. Relembre agora 13 sequestros que intrigaram e perturbaram o mundo.

Nome: Hervé Gourdel 

Nacionalidade: Francês

Sequestrador: Jund al-Khilafa

Ano da execução: 2014

Foto: AFP

Foto: AFP

O vídeo da decapitação do guia de montanha francês Hervé Gourdel foi divulgado em 24 de setembro, três dias após ele ter sido sequestrado na Argélia pelo grupo vinculado ao Estado Islâmico Jund al-Khilafa em uma encruzilhada do parque nacional Djurdjuran, tido desde a década de 1990 como um santuários de radicais islâmicos. Os sequestradores tinham feito uma única exigência no dia anterior à execução: as tropas francesas deveriam interromper seus ataques aéreos no Iraque. Em uma corrida contra o tempo, a Argélia acionou cerca de 1.500 soldados para tentar encontrar Herve Gourdel, mas o pior não pôde ser evitado.

Nome: David Haines

Nacionalidade: Britânico

Sequestrador: Estado Islâmico

Ano da execução: 2014

Foto: AFP

Foto: AFP

David Haines havia atuado na força aérea real britânica, como engenheiro aeronáutico, em posições que envolviam a segurança e a avaliação de ameaças em diversos países, antes de trabalhar em organizações humanitárias nos Bálcãs, no Sudão do Sul, e na Líbia. Seu rapto aconteceu durante sua primeira missão para a ONG francesa Acted, no campo de refugiados de Atmeh, próximo à fronteira com a Turquia, na Síria, em março de 2013. Sua decapitação, exibida em um vídeo divulgado em 13 de setembro, sucedeu às execuções dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff (acompanhe abaixo) e reforçou a necessidade de os Estados Unidos e a Europa formarem uma coalizão de combate ao grupo terrorista Estado Islâmico.

Nome: Steven Sotloff

Nacionalidade: Americano

Sequestrador: Estado Islâmico

Ano da execução: 2014

Foto:

Foto: Reuters

Steven Joel Sotloff foi a segunda vítima americana do grupo terrorista Estado Islâmico. Sotloff foi decapitado, e o vídeo da execução foi postado na internet, em 2 de setembro. Após a sua morte, o governo de Israel informou ter proibido a mídia local de revelar que o jornalista era judeu e cidadão israelense na tentativa de reduzir o risco de morte que Sotloff sofria desde o seu sequestro, em Aleppo, Síria, em 2013. A dupla nacionalidade do jornalista se tornou pública apenas após a Casa Branca confirmar a autenticidade da filmagem da decapitação de Sotloff. A vitima trabalhou para a revista Time, o jornal online Christian Science Monitor, The National Interest, Media Line, World Affairs, CNN e Fox News. Por causa do trabalho, viajou muitas vezes à Síria, à Turquia, ao Egito e ao Bahrein. Sua família manteve a informação de seu sequestro em segredo durante todo o tempo em que o governo trabalhou na negociação de sua libertação. O jornalista foi morto, ao que tudo indica, pelo mesmo carrasco que assassinou a primeira vítima do EI, um homem de origem britânica conhecido como Jihadi John. 

Nome: James Foley

Nacionalidade: Americano

Sequestrador: Estado Islâmico

Ano da execução: 2014

Foto: AFP

Foto: Nicole Tung/AFP

James Wright Foley trabalhava para a agência de notícias France Press e para o jornal Global Post quando foi capturado pelos jihadistas do Estado Islâmico em 22 de novembro de 2012, no norte da Síria. O vídeo da sua decapitação foi postado na internet em agosto de 2014 e abriu os olhos do mundo para a ameaça representada pelo grupo extremista. Foley era um jornalista de guerra experiente. Já havia trabalhado na cobertura da guerra do Iraque, infiltrado nas tropas americanas, e como repórter no Afeganistão e na Líbia, onde acompanhou a revolta contra o então presidente Muammar Kaddafi. Foley foi sequestrado quando saía de um café no norte da Síria a caminho da fronteira com a Turquia. Seus sequestradores pediram um resgate de 100 milhões de euros para a família, para o GolbalPost (o jornal para o qual trabalhava) e para o governo americano em troca de sua libertação. Em julho de 2014, o presidente Barack Obama autorizou a operação de resgate de Foley e outros reféns, mas a missão foi malsucedida, e nenhum refém foi recuperado. No mês seguinte, os pais de Foley receberam um e-mail do Estado Islâmico pelo qual foram avisados de que o governo americano havia se recusado a pagar o resgate do jornalista. Em 12 de setembro, os parentes do repórter criaram uma fundação em sua homenagem, a James W. Foley Legacy Fund, que pretende construir um centro de pesquisa para famílias de reféns americanos, estabelecer um diálogo global sobre as politicas dos governos com relação aos casos e apoiar jornalistas americanos que trabalham em zonas de conflito. 

Nome: Bowe Bergdahl

Nacionalidade: Americano

Sequestrador: Talibã

Ano do sequestro: 2009

Foto: AFP

Foto: Talibãs/AFP

O soldado americano Bowe Robert Bergdahl foi mantido em cativeiro pelos talibãs de junho de 2009 a maio de 2014. As circunstâncias em que ele foi capturado foram intensamente discutidas pela mídia americana, em grande parte pelo fato de os Estados Unidos terem aceitado “trocá-lo” por cinco terroristas que mantinham cargos de altíssima patente no Talibã e que estavam presos em Guantánamo. Bergdahl foi enviado ao Afeganistão em maio de 2009 junto de uma unidade que foi deslocada para um posto avançado, responsável por realizar operações de contrainsurgência. Foi então que o militar teria começado a se distanciar de sua unidade e a passar mais tempo com cidadãos afegãos. Em 27 de junho de 2009, Bergdahl enviou um último e-mail para seus pais, antes de ser capturado. Na mensagem, ele condenava os ideias das forças armadas americanas, dizia se sentir enojado pelas atitudes de seus colegas, e envergonhado por ser um cidadão dos Estados Unidos. Em um vídeo, o soldado contou que havia sido sequestrado durante uma patrulha. O Talibã, por outro lado, disse que o militar de elite havia sido capturado após deixar sua base embriagado, versão que foi desmentida pelo governo americano. Em 31 de maio, Bergdahl foi finalmente libertado e resgatado por uma unidade de missão especial que contou com a ajuda dos governos do Catar e do Afeganistão. Uma investigação sobre o caso continua em curso.

Nome: João José de Vasconcellos Júnior

Nacionalidade: Brasileiro

Sequestrador: Brigadas Mujahidin e Exército de Ansar al Sunna

Ano do sequestro: 2005

O brasileiro João José de Vasconcellos Júnior desapareceu no Iraque em 19 de janeiro de 2005. Poucos dias após o sumiço do engenheiro da construtora Odebrecht, que trabalhava na construção de usina termelétrica em Beiji, norte iraquiano, seus sequestradores exibiram em um vídeo divulgado pela rede de televisão árabe Al Jazeea um documento de mergulhador que lhe pertencia. A evidência do sequestro foi recebida pelo Itamaraty, mas na época o primeiro-ministro, Celso Amorim, não revelou como o documento chegou ao local. Angustiada pela inexistência de informações do filho, a mãe do brasileiro chegou a enviar uma carta para o presidente Lula, em que condenava a falta de transparência sobre o paradeiro do filho nas negociações do Itamaraty e da Odebrecht. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil mandou uma equipe ao Oriente Médio para pedir ajuda e organizar reuniões de inteligência com países da região, mas não houve avanço nas investigações. A autoria do sequestro de Vasconcellos foi reivindicada pelo grupo Brigadas Mujahidin e pelo Exército de Ansar al Sunna. Eles atacaram o comboio que havia partido de Baiji em direção à Bagdá e do qual o brasileiro estava a bordo. Os sequestradores nunca pediram resgate à família, à construtora ou ao governo do Brasil. O corpo de João foi encontrado e a repatriado mais de dois anos após o rapto. 

Nome: Kenneth Bigley

Nacionalidade: Britânico

Sequestrador: Tawhid wal Jihad

Ano da execução: 2004

Foto: AFP

Foto: AFP/AL-JEZEERA

O engenheiro civil britânico Kenneth John Bigley foi sequestrado no distrito de al-Mansou em Bagdá, Iraque, em 16 de setembro de 2004, juntamente com os colegas Jack Hensley e Eugene Amrstrong, ambos americanos. Os três homens trabalhavam na Gulf Supplies and Commercial Services, uma companhia do Kuwait voltada para a reconstrução de projetos no Iraque. Eles souberam que estavam em perigo e que a casa onde moravam estava sendo vigiada depois que o homem que fazia a segurança do local pediu demissão diante de ameaças feitas por milícias. Ainda assim, o trio decidiu correr o risco e não se mudou. Pouco tempo depois foram todos decapitados. O grupo extremista islâmico Tawhid wal Jihad, liderado pelo jordaniano Abu Musab al-Zarqaw, alertou, em um vídeo divulgado em 18 de setembro, que os homens seriam mortos dentro de 48 horas se mulheres que estavam sob o poder de forças de coalização não fossem libertadas.  Apesar da tentativa de interferência do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha e do próprio governo do Reino Unido, os homens foram executados, e os vídeos postados em vários blogs. Após a morte de Bigley (cerca de duas semanas após as ameaças) o governo britânico foi acusado de ter se tornado refém da situação. O primeiro-ministro Tony Blair entrou em contato, pessoalmente, com a família da vítima várias vezes para assegurá-la de que tudo o que era possível havia sido feito. 

Nome: Shosei Koda

Nacionalidade: Japonês

Sequestrador: Abu Musab al-Zarqawi

Ano da execução: 2004

Foto: AP

Foto: AFP/DSK

O japonês Shosei Kida foi sequestrado e decapitado enquanto fazia um tour pelo Iraque, em 29 de outubro de 2004, pelo grupo de Abu Musab al-Zarqawi, um militante do fundamentalismo islâmico, guerrilheiro e auto-proclamado líder da Al-Qaeda no Iraque. Ele foi o primeiro cidadão de nacionalidade japonesa a perder a vida por decapitação em território iraquiano. A condição para a sua libertação era a saída das tropas japonesas do Iraque em um período de 48 horas. Alegando não negociar com terroristas, o governo japonês, então sob a liderança do primeiro-ministro Junichiro Koizumi, se recusou a aceitar as demandas, condenando Koda à morte No vídeo de sua execução, o turista aparece sentado sob uma bandeira americana, algemado e com os olhos vendados minutos antes de ser friamente assassinado. Seu corpo foi encontrado em Bagdá em 30 de outubro envolto em uma bandeira dos Estados Unidos. Sua morte provocou reações variadas no Japão. Enquanto muitos cidadãos ficaram furiosos e revoltados com o assassinato, alguns culparam a vítima, e outros criticaram a administração Koizumi.

Nome: Daniel Pearl

Nacionalidade: Americano/Israelense

Sequestrador: Al-Qaeda

Ano da execução: 2002

Foto: AP

Foto: AP

O jornalista Daniel Pearl foi sequestrado por militantes paquistaneses e executado por Khalid Sheikh Mohammed, membro da rede terrorista Al-Qaeda, quando trabalhava como o chefe do escritório do Wall Street Journal da Ásia, em Mumbai, na Índia. Ele foi sequestrado em 23 de janeiro, no caminho de uma suposta entrevista no centro de Karachi, por um grupo que se auto-intitulava National Movement for the Restoration of Pakistani Sovereignty e que tinha como certo que Pearl era um espião. Os terroristas fizeram ao governo americano uma enorme gama de exigências, incluindo a libertação de todos os paquistaneses presos sob a acusação de terrorismo e a liberação de um carregamento de caças F-16. Nove dias depois, Daniel foi assassinado, e seu corpo esquartejado. Em julho de 2002, Ahmed Omar Saeed Sheikh, um cidadão britânico de origem paquistanesa, foi condenado à morte por enforcamento pelo rapto e assassinato de Pearl, mas em março de 2007, durante um interrogatório na prisão de Guantánamo, em Cuba, Khalid Sheikh Mohammed admitiu ter, ele próprio, decapitado o jornalista. Além de Khalid, Saif al-Adel, outro integrante da Al-Qaeda, foi vinculado ao sequestro. Uma coleção de textos escritos por Pearl foi publicada postumamente em 2002, como demonstração de sua incrível habilidade para escrever e de seu incomparável olhar para histórias peculiares. Seus amigos e familiares também criaram a fundação Daniel Pearl, com o intuito de dar continuidade a sua missão e promover a compreensão intercultural por meio do do jornalismo, da música e do diálogo. Pearl também ganhou uma biografia, escrita pela própria esposa, Mariane, e que foi adapatada para o cinema. Mighty Heart (O preço da Coragem, no Brasil) é composto por um elenco de estrelas, entre elas Dan Futterman (que interpreta o jornalista) e Angelina Jolie (que dá vida à Mariane). A história de Daniel também inspirou um documentário produzido pela HBO Films, The Journalist and the Jihad: The Murder of Daniel Pearl, indicado ao Emmy Awards. 

Nome: Ingrid Betancourt

Nacionalidade: Colombiana

Sequestrador: FARC

Ano do sequestro: 2002

Foto: AFP

Foto: AFP

A ex-senadora colombiana indicada para o Prêmio Nobel da Paz Ingrid Betancourt Pulecio foi sequestrada pelas Forças Revolucionárias da Colômbia em 23 de fevereiro de 2002 e resgatada apenas seis anos mais tarde juntamente com outros 14 reféns (três americanos e 11 colombianos) durante a operação Jaque, que culminou com a prisão de dois guerrilheiros. Ingrid foi levada enquanto fazia campanha pela presidência da Colômbia em áreas controladas por rebeldes das FARC, mesmo após advertências do governo, da polícia e até das forças armadas. Seu sequestro ganhou atenção mundial, em grande parte por causa da ampla cobertura da mídia, particularmente da francesa, já que Ingrid tinha dupla cidadania. Após sua libertação, a colombiana ganhou vários prêmios internacionais, entre eles a Ordem Nacional da Legião de Honra e o Concord Prince of Asturias Award.

Nome: Gracia e Martin Burnham

Nacionalidade: Americanos

Sequestrador: Abu Sayyaf

Ano do sequestro: 2001

Foto: AFP

Foto: AFP

Os Burnhams atuavam como missionários protestantes na New Tribes Mission, Filipinas, quando foram raptados em 27 de maio de 2001 pelo Abu Sayyaf, grupo separatista fundamentalista que operava no sul do país. Enquanto a maioria dos reféns foi assassinada ou libertada mediante pagamento de resgate, os Burnhams foram mantidos em cativeiro por mais de um ano. Os sequestradores exigiram o pagamento de US$ 1 milhão pela libertação. Uma quantia de US$ 3 mil foi paga, mas ainda assim, os terroristas se negaram a liberá-los. Durante uma tentativa malsucedida de resgate, realizada pelo exército filipino em 7 de junho de 2002, Martin foi morto com três tiros no peito. Gracia foi ferida na perna direita, mas sobreviveu. Ela voltou aos Estados Unidos, onde mora até hoje, e escreveu dois livros sobre suas experiências sob o poder dos sequestradores: In the Presence of My Enemies (2003) e To Flly Again (2005). A americana também criou a The Martin and Gracia Burhnam Foundation.

Nome: Yevgeny Rodionov 

Nacionalidade: Russo

Sequestrador: República Chechena da Ichkeria 

Ano da execução: 1996

Foto: Reuters

Foto: Twitter

O soldado russo Yevgeny Aleksandrovich Rodionov foi sequestrado e assassinado por rebeldes chechenos por se recusar a se converter ao Islamismo e lutar junto de forças inimigas. As circunstâncias de sua morte lhe renderam muita admiração em toda a Rússia. Yevgeny entrou para as forças armadas em 1995 e foi secretamente implantado na Chechênia, onde passou a atuar em tropas de fronteira. Em 13 de fevereiro do ano seguinte, Yevgeny e outros militares pararam uma ambulância que transportava ninguém mais ninguém menos que o general da República Chechena da Ichkeria (o não-reconhecido governo separatista checheno) Ruslan Khaikhoroev e uma dúzia de seus capangas. Yevgeny e os colegas foram imediatamente desarmados e feitos prisioneiros. O jovem militar foi decapitado em uma vila da Chechênia no dia em que completaria 19 anos. De acordo com os algozes, que exigiram dinheiro da família em troca de informações sobre a localização do cadáver, a execução ocorreu porque o soldado havia se recusado, mesmo sob torturas, a renunciar à fé cristã e a remover uma cruz de prata que tinha envolta do pescoço. Após a execução de Yevgeny, houve a criação de um movimento dentro da Igreja Ortodoxa Russa favorável a sua canonização. No entanto, o Patriarcado de Moscou se recusou a canonizar o soldado com base em três argumentos: a única evidência de que o militar havia sido executado por causa de sua fé era o testemunho de sua família; a Igreja Ortodoxa russa nunca havia canonizado qualquer pessoa morta durante a guerra, e o período dos novos mártires havia acabado com o colapso do regime bolchevique. Os opositores da decisão, incluindo Alexander Shargunov, um padre muito conhecido, argumentaram que o soldado não havia morrido na guerra, mas em cativeiro, e que seu túmulo operava milagres: curava os doentes e promovia a conciliação entre os inimigos. 

Nome: Patricia Hearst

Nacionalidade: Americana

Sequestrador: Exército Simbionês de Libertação

Ano do sequestro: 1974

Foto: AFP

Foto: AFP

Patricia Hearst, neta do jornalista William Randolph Hears, cuja história deu origem ao filme Cidadão Kane, foi sequestrada em 4 de fevereiro de 1974 por um grupo terrorista paramilitar americano chamado SLA – Exército Simbionês de Libertação. A herdeira de um dos maiores impérios da mídia de todos os tempos tinha 19 anos e vivia em Berkeley com o noivo quando foi capturada. Em troca da libertação de Patricia, o grupo pediu ao pai da jovem que distribuísse alimentos aos menos favorecidos. O curioso é que Patricia se tornou, meses após o seu sequestro, membro do próprio grupo que a raptou. Ela chegou, até mesmo, a aparecer armada e junto do SLA em vídeos de assaltos a banco. Patricia foi presa em São Francisco em setembro de 1975 e alegou ter sido submetida a uma lavagem cerebral e obrigada a participar da atividades criminosas. Ela não convenceu e foi condenada a sete anos de prisão, mas teve a pena suspensa pelo presidente Jimmy Carter, 21 meses meses após seu anúncio.

Fonte: Terra
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