Recifes de corais protegidos de efeito do aquecimento dos oceanos são encontrados na costa do Tahiti
Cientistas descobriram três quilômetros de recifes de corais intactos na costa do Tahiti, em águas profundas o suficiente para protegerem as formações do efeito de branqueamento causado pelo aquecimento dos oceanos.
O recife, que está a mais de 30 metros de profundidade, provavelmente levou 25 anos para se formar. Alguns dos corais medem mais de 2 metros de diâmetro.
"Foi mágico testemunhar esses corais rosas gigantes e lindos, que se estendem até onde os olhos podem ver. Foi como ver uma obra de arte", disse o fotógrafo francês Alexis Rosenfeld, que liderou a equipe de mergulhadores internacionais que fez a descoberta.
A maior parte dos recifes de corais conhecidos no mundo fica em águas mais quentes, em até 25 metros de profundidade, afirma a Unesco. As formações no Tahiti ficam na "zona intermediária" entre 30 e 120 metros de profundidade, onde ainda há luz solar para fazer os corais crescerem e se reproduzirem.
O branqueamento é uma resposta produzida pelo stress dos corais superaquecidos durante ondas de calor, fazendo com que eles percam a cor e tenham dificuldades para sobreviver.
Uma das formações mais famosas do planeta --a Grande Barreira de Corais, na Austrália, listada como um dos patrimônios mundiais do planeta-- sofre com o branqueamento de cerca de 80% de seus corais desde 2016.