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Raiva contra o governo turco transborda em vigília para marcar 1 ano de terremoto

6 fev 2024 - 13h55
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Mais de 10.000 pessoas se reuniram nesta terça-feira para realizar uma vigília no aniversário de um ano dos terremotos devastadores que atingiram o sudeste da Turquia, enquanto alguns protestavam contra o que chamaram de negligência do governo depois da tragédia.

O tremor de magnitude 7,8 -- o desastre mais letal da história moderna da Turquia -- arrasou cidades e partes de cidades no sudeste do país e na vizinha Síria. Matou mais de 50.000 pessoas na Turquia, cerca de 5.900 na Síria e deixou milhões de desabrigados.

Na província de Hatay, no sudeste da Turquia, a mais atingida do país, pessoas pediram a renúncia do governo e das autoridades locais durante a vigília e exigiram que as autoridades não se apresentassem no memorial, além de vaiar os discursos.

Na praça principal da cidade de Hatay, localizada na província, alguns gritavam: "Alguém pode ouvir minha voz?", enquanto o ministro da Saúde, Fahrettin Koca, falava -- um slogan que se referia aos apelos ouvidos sob os escombros enquanto as pessoas esperavam por dias pela chegada de ajuda.

Os moradores dizem que muitas pessoas morreram não por causa do desabamento dos prédios, mas sim por terem esperado tanto tempo presas nos escombros e no frio.

"Isso (os protestos) é o eco da dor interior das pessoas. É um eco do quanto as pessoas sofreram. Não há como descrever como compensar a dor aqui. O coração dessas pessoas está sangrando", disse Merve Gursel, que perdeu sua tia, o marido de sua tia e seus primos no terremoto.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, disse na plataforma de rede social X, antigo Twitter, que a dor das perdas causadas pelos terremotos era tão recente agora quanto era há um ano, e que seu governo havia se movido imediatamente após o que eles chamam de "o desastre do século".

"A união do século foi demonstrada diante do desastre do século", disse ele.

No entanto, Nurul Sabah Aksu, morador de Hatay, disse que o governo abandonou o povo da cidade para morrer.

"Milhares de pessoas morreram aqui. Onde eles estavam? Por que deixaram Hatay assim? Por que se esqueceram de nós?", perguntou Aksu.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
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