Script = https://s1.trrsf.com/update-1765224309/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Para Justiça russa, grupo punk Pussy Riot é uma 'organização extremista'

A Justiça russa anunciou nesta segunda-feira (15) que o grupo punk Pussy Riot, formado por Maria Alyokhina, Nadejda Tolokonnikova e Ekaterina Samoutsevitch, é considerado uma "organização extremista", e proibiu suas atividades no país.

15 dez 2025 - 13h00
Compartilhar
Exibir comentários

A informação foi divulgada por um tribunal de Moscou na rede Telegram. O grupo integra agora a lista russa de "terroristas e extremistas", que inclui a Fundação Anticorrupção do opositor Alexei Navalny, morto em 2024, a empresa Meta e o "movimento internacional LGBT". A classificação permite mobilizar recursos jurídicos para silenciar qualquer crítica ao poder na Rússia.

Integrantes do Pussy Riot durante a primeira exposição dedicada ao grupo no Louisiana Museum of Modern Art, em Humlebaek, perto de Copenhague, em 2023.
Integrantes do Pussy Riot durante a primeira exposição dedicada ao grupo no Louisiana Museum of Modern Art, em Humlebaek, perto de Copenhague, em 2023.
Foto: AFP - SERGEI GAPON / RFI

O coletivo feminista se opõe há anos ao presidente Vladimir Putin e ficou conhecido em 2012 com uma "oração punk" pedindo à Virgem Maria para "expulsar" o presidente russo, cantada na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou. A ação foi uma crítica ao apoio da Igreja Ortodoxa Russa à campanha de Putin.

A decisão do tribunal era esperada pelos membros do grupo. "Esses idiotas trabalham nisso há anos, pelo menos desde 2012", escreveu Nadejda Tolokonnikova em mensagem publicada no domingo na conta do grupo na rede social X. A postagem veio acompanhada do trecho de uma entrevista concedida por Nadya em 2012, quando ela estava detida em uma colônia penal após participar da "oração punk".

"Essa lei foi criada para apagar Pussy Riot da mente dos cidadãos russos", declarou o grupo em sua conta no Facebook no início de dezembro, antes da decisão judicial. "Há anos estamos no radar, mas ser designadas como organização extremista dá ao Estado mais meios jurídicos para punir qualquer pessoa que tenha algum tipo de conexão conosco", afirmou o grupo.

As integrantes da banda se dizem preocupadas com "a segurança dos apoiadores do Pussy Riot que não podem deixar a Rússia ou que escolhem permanecer lá". 

Membros vivem no exílio

Em 2018, a Corte Europeia de Direitos Humanos condenou o governo de Putin a pagar indenização de € 32 mil às três ativistas, poucos dias após invadirem o campo durante a final da Copa do Mundo, em Moscou, entre França e Croácia.

As três integrantes da banda e um homem, vestindo uniformes de polícia, interromperam por alguns instantes a partida antes de serem detidos. O objetivo da ação foi pedir a libertação de todos os prisioneiros políticos no país.

As integrantes da banda foram condenadas por seu ativismo a penas de prisão e hoje vivem no exílio. Em 2021, Maria Aliokhina conseguiu sair clandestinamente da Rússia disfarçada de entregadora de comida.

Com agências

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade